Parceria de Visual Spaces of Change (VSC) e "Bienal Fotografia do Porto"
Porto, Maio a Julho de 2019.
Visual Spaces of Change (VSC) integrará a Bienal Fotografia do Porto e os projectos da Bienal estarão representados no VSC.
VSC vai desenvolver um conjunto de Projetos de Fotografia Contemporânea (CPP) que serão implementados em locais específicos da AMP, concebidos como "narrativas visuais" que interferem intencionalmente com o território metropolitano num exercício de representação auto-reflexiva de seu próprio processo de mudança urbana. O projeto propõe reunir um conjunto diversificado de artistas de artes visuais, arquitetos e curadores de relevância internacional, num exercício de reflexividade conjunta em torno de preocupações comuns ligadas à transformação do território, ao espaço público e ao meio ambiente.
A Bienal Fotografia do Porto propõe um conjunto de residências e bolsas para artistas convidados para desenvolver novos projetos; organizado com instalações específicas para os jardins do Palácio de Cristal, no Porto. O programa inclui exposições nucleares e satélite ao redor da cidade, um simpósio, várias oficinas e projetos educacionais.
O foco principal é o apoio a formas inovadoras de representação visual que aumentam a conscientização sobre o impacto do comportamento humano em termos sociais e ambientais. A agenda da Bienal oferece uma plataforma crítica e construtiva para promover direções culturais que defendam a sustentabilidade dos recursos globais.
A colaboração entre estas duas organizaçãoes desenvolve-se através de vídeo projecção e exibição em diversos espaços públicos interiores e exteriores da AMP de um conjunto de Projetos de Fotografia Contemporânea com origem no VSC e na Bienal Fotografia do Porto e seleccionados por ambas as organizações. Deste modo, a propósito da Ci.CLO Bienal’19, será desenvolvido um projecto fotográfico a ser implementado num local da cidade, concebido como uma narrativa visual que interfere com o território num exercício de representação do seu próprio processo de mudança.
Mais informações em breve.
https://www.scopionetwork.com/vsc-bienalfotografiaporto/
http://www.bienalporto.com/
Visual Spaces of Change (VSC)
Projeto de investigação coordenado pelo grupo CCRE, integrado no centro de I&D da FAUP - Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) - U. Porto, em consórcio com a Universidade do Minho (com a participação do Centro ALGORITMI e Lab2PT - UMinho).
Referência POCI-01-0145-FEDER-030605, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI).
VSC é um projeto visual que utiliza a fotografia como instrumento de investigação sobre a transformação do espaço público, integrando na sua estratégia de implementação diversos suportes de imagem e meios de comunicação pública capazes de criar sinergias com outras expressões artísticas como a dança ou o cinema.
O projeto propõe reunir um conjunto diversificado de artistas de artes visuais, arquitetos e curadores de relevância internacional, num exercício de reflexividade conjunta em torno de preocupações comuns ligadas à transformação do território, ao espaço público e ao meio ambiente. O trabalho interdisciplinar que é proposto terá como resultado uma interacção e dinâmica de descoberta construída coletivamente, estabelecendo relações e conexões entre as pessoas e instituições envolvidas nesta investigação e o público em geral. Esta abordagem pluralista do próprio processo metodológico visa favorecer um processo dialógico de aprendizagem acionado pelos diversos projetos fotográficos e análises críticas dos objetos representados, explorando a riqueza multifacetada dos territórios em estudo e a forma como os espaços públicos são transformados, como estas transformações expressam a emergência de novas identidades culturais, e como estas interagem e alteram percepções sobre a imagem da cidade.
Bienal Fotografia do Porto
A Ci.CLO Bienal Fotografia do Porto é uma plataforma de criação, debate e reflexão; um Ci.CLO que celebra a prática artística e se renova a cada dois anos. A Ci.CLO desenvolve um trabalho contínuo de pesquisa e experimentação em colaboração com artistas, que a partir da fotografia e da sua relação transdisciplinar com outros campos artísticos, coloquem em questão as suas próprias metodologias e proponham narrativas, tanto utópicas como distópicas, motivadas por mudanças culturais e ambientais. A maioria dos trabalhos apresentados na Bienal são resultado das várias residências e laboratórios de pesquisas realizados no âmbito deste programa. Os projetos de criação e exposição desenvolvidos pela Ci.CLO apoiam abordagens inovadoras de representação visual que contribuam para uma maior consciencialização crítica sobre as vulnerabilidades ecológicas e sociais que enfrentamos.
De que forma podemos colaborar na transição para uma sociedade mais adaptada e sustentável? Como pode o pensamento e a criação artística contribuir para expandir o discurso em torno destas questões e traduzi-las em ação? «Adaptação e Transição» é o título da primeira Ci.CLO Bienal Fotografia do Porto, cujo tema propõe uma relação dialógica com o contexto atual marcado pela crise social e ecológica que enfrentamos. Os seres humanos enquanto força de construção e destruição estão a mudar drasticamente a estrutura do planeta. A adaptação a um meio ambiente em profunda mudança e cada vez mais incontrolável é um desafio inevitável para todos os seres vivos, onde humanos, animais, plantas e outras formas de vida negoceiam a sua sobrevivência. Adaptar-se à transição é já uma inevitabilidade. Aceitar e iniciar essa transição é uma oportunidade de agirmos. Torna-se urgente redescobrir outras formas de pensar e olhar para a diversidade da vida de uma forma renovada e participante. Para continuar nesta jornada evolucionária de adaptação e transição é fundamental reorganizar o nosso conhecimento e percepções, explorar novas interações e hábitos, criar relações mais simbióticas entre o ser humano, os restantes seres vivos e a terra. Ou seja, estabelecer novos valores sociais, políticos e económicos que sejam ecologicamente sustentáveis.