CONCURSO INTERNACIONAL DE DESENHO E FOTOGRAFIA (DPIc) | ESPAÇO E IDENTIDADE DAS UNIVERSIDADES
Concurso inserido no âmbito do projeto de investigação
Visual Spaces of Change (VSC)
U.Porto – AAI | CEAU | FAUP
U.Minho – Centro ALGORITMI – Lab2PT
Prazo para submissão de projetos: 31 de Dezembro de 2020
ÂMBITO DO CONCURSO: REGRAS E PRÉMIOS
O Concurso Internacional de Desenho e Fotografia (DPIc) - Arquitectura, Arte e Imagem – UTOPIA 500 é direcionado para o Espaço e a Identidade das Universidades, e é aberto a toda a comunidade académica.
O tema nuclear do concurso é a ideia de Utopia e de Espaços Visuais de Mudança (VSC), tendo como enfoque os espaços e identidade das Universidades. Esta segunda edição conta com a participação da Universitat Politècnica de Catalunya (UPC) e da Chalmers University of Technology (CUT) que se unem a este concurso através da rede internacional para difusão e fortalecimento da investigação, AAi2 Lab+ articulada com o projeto Visual Spaces of Change (VSC). O concurso é organizado pelo grupo de investigação AAI (FAUP) integrado no centro de I&D da FAUP (CEAU) e a AEFAUP, em parceria com as Associações de Estudantes de todas as outras Faculdades da U. Porto, sendo promotores o consórcio do projeto de investigação VSC, conjuntamente com o projeto AAi2 Lab, contando com o apoio institucional da Reitoria da U. Porto e da FAUP.
A coordenação do concurso é da responsabilidade do Centro de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (CEAU/FAUP) através do seu grupo de investigação AAI e o Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CETAPS/FLUP).
Visual Spaces of Change (VSC) é a primeira etapa de um projeto de Arquitetura, Arte, Imagem e Inovação (AAI2) sobre dinâmicas emergentes de mudança na Área Metropolitana do Porto (AMP). Projetos de Fotografia Contemporânea (CPP) serão desenvolvidos e implementados em locais específicos, concebidos como "narrativas visuais" que interferem intencionalmente com o território metropolitano num exercício de representação autorreflexiva de seu próprio processo de mudança urbana. Esta rede de espaços públicos e coletivos constituirá um "Museu Aberto" na AMP, estimulando instituições artísticas e culturais a ampliar seu alcance e participação no espaço público (ver mais informação no cap.VIII).
As ideias-chave presentes no concurso Desenho e Fotografia (DPIc) - Architecture, Art and Image – UTOPIA 500 são abrir as Universidades à Sociedade Civil através dos diversos projetos submetidos, mostrando a riqueza multifacetada de atividades, vivências e arquitecturas que assistem às Instituições de Ensino e dos seus diversos espaços de vivência e trabalho.
Os candidatos, individualmente ou em equipa, deverão explorar de forma criativa o universo do Desenho e da Fotografia transmitindo, por um lado, um “outro olhar” sobre cada Faculdade e a forma como se relaciona com a Cidade, ou seja, uma visão crítica e poética sobre os espaços e vivências que as caracterizam e dão identidade, revelando facetas que antes estavam invisíveis ou esquecidas. Por outro lado, oferecer uma visão prospetiva e utópica sobre estes espaços de ensino o que significa um trabalho onde o desenho e a fotografia estão presentes e direcionam o desígnio do criador como instrumentos do pensamento e imaginação permitindo ampliar uma ideia de Arquitectura e de Cidade, bem como da apropriação e vivência dos seus espaços.
CAPÍTULO I – OBJETIVOS
Esta iniciativa tem como objetivo geral criar um novo espaço de comunicação e divulgação da relação das Universidades e das suas comunidades com a Sociedade Civil, ligado ao projecto de investigação Espaços Visuais de Mudança (VSC) favorecendo a abertura das Universidades à sociedade através de diversos tipos de interação, socialização, estudo e investigação, promovendo a troca interdisciplinar de conhecimento e de experiências entre diversas áreas de conhecimento e segmentos sociais.
O concurso define como objetivos específicos:
- Contribuir para uma maior consciencialização das novas gerações, do potencial transformador da Arquitectura e sua relação com a Cidade tendo como as Universidades quer a nível nacional como estrangeiro e a partir do confronto de ideias relacionadas com os temas Utopia e Espaços Visuais de Mudança (VSC), tornando estes conceitos operativos também para o universo das artes;
- Sensibilizar os jovens que estudam ou desenvolvem investigação nas áreas disciplinares da Arquitetura, das Belas Artes e da Imagem para o impacto que os seus trabalhos possam vir a ter para uma transformação inovadora e harmoniosa dos espaços de ensino que frequentam e a sociedade;
- Sensibilizar os alunos e cidadãos para a necessidade de se pensar em alternativas para os espaços de ensino que utilizam no dia a dia construídos / por construir;
- Promover uma compreensão da imagem e do seu uso enquanto método e meio de representação que permite novas formas de se entender e interagir com diversos espaços nos campos da Arquitetura e da Cidade;
- Evidenciar as vantagens da exploração da imagem enquanto meio capaz de atravessar fronteiras e deslocar limites entre diferentes problemáticas e áreas disciplinares da Arquitetura e da Arte, tendo como território de projecto e exploração os espaços de Universidade.
CAPÍTULO II – TEMA, MEIOS DE REPRESENTAÇÃO
E PARTICIPANTES
O tema do concurso define-se em torno das ideias de Utopia e Espaços Visuais de Mudança (VSC). O desafio consiste na apresentação de um díptico visual composto por duas imagens, cada imagem em formato A3, podendo combinar ou não a fotografia com o desenho. A primeira imagem deve representar um determinado espaço duma Universidade (sala de aula, auditório, espaço de convívio exterior ou interior ou outro similar) tal como se encontram atualmente. Uma segunda imagem, também em formato A3, que representam uma nova visão de mudança, ou seja, prospetiva e utópica desse mesmo espaço dessa Universidade e sua apropriação. As duas imagens deverão vir acompanhadas de um texto, com um mínimo de 200 e um máximo de 500 palavras, que explique as ideias do díptico visual.
Aceitam-se candidaturas individuais ou coletivos, mas encoraja-se a formação de equipas multidisciplinares - estas poderão ser compostas por indivíduos com diferentes perfis académicos sendo, contudo obrigatório que pelo menos um dos elementos esteja ligado ao universo da Arquitetura, das Artes Plásticas e da Imagem, esteja inscrito no ensino superior ou faça parte de um centro de investigação. Nenhum dos elementos deverá ter mais de 35 anos. Não será possível a apresentação de mais do que um trabalho a concurso por cada elemento (individualmente ou em grupo).
Esta iniciativa é especialmente dirigida a alunos universitários, nacionais e estrangeiros, podendo estes pertencer a qualquer área disciplinar com interesse nestas temáticas. O envolvimento das Associações de Estudantes é desejado para facilitar a constituição de equipas interdisciplinares, tendo a nível nacional como parceiros institucionais as Associações de Estudantes da U.Porto e a Reitoria da U.Porto, que serão espaços de receção de trabalhos, debate de ideias e comunicação.
CAPÍTULO III - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
É obrigatória a existência de pelo menos um dos dois modos de representação – Desenho e/ou Fotografia -, não existindo nenhuma limitação relativamente às formas de manipulação e combinação destes dois modos de representação, sendo permitida a colagem e a fotomontagem. Pretende-se que as narrativas visuais do concurso sejam críticas e poéticas do presente e prospetivas e utópicas relativamente ao futuro, no sentido de propor novos espaços de mudança e apropriação para esses lugares de ensino.
É assim objetivo do concurso que cada narrativa visual – díptico - comunique um espaço real e um idealizado capaz de despertar uma nova consciência sobre o lugar representado, estimulando as pessoas a experienciar esses espaços a partir de novas perspetivas.
Dípticos que correspondem a uma apropriação estética onde a fotografia de arquitectura e o desenho estão presentes de forma significativa e que são capazes de constituir pontos de partida para uma nova compreensão e perceção desses lugares de ensino. Visões capazes de documentar e registar arquitecturas, vivências e lugares em permanente mudança, bem como constituir uma forma de conhecimento do real em confronto com visões prospetivas e utópicas desses espaços.
CAPÍTULO IV - SUBMISSÃO DE CANDIDATURAS, JÚRI E SELEÇÃO
Os trabalhos deverão ser submetidos por e-mail para o endereço dpic.vsc@arq.up.pt, sendo enviados, para além do formulário de inscrição devidamente preenchido, dois arquivos separados em formato JPEG ou TIFF, cada arquivo com um máximo de 5 MB, correspondentes às 1.ª e 2.ª imagens do díptico visual descrito no Capítulo II deste Regulamento. Os Arquivos deverão ser identificados através do nome abreviado do projeto seguido dos números 1 e 2, respetivamente. As imagens não deverão ostentar quaisquer assinaturas ou marcas de água. As imagens que incluam fotografias apresentadas a concurso deverão permitir qualidade de impressão, sob pena de não serem selecionadas para o catálogo a ser publicado pela scopio Editions.
As duas imagens deverão vir acompanhadas de um texto, com um mínimo de 200 e um máximo de 500 palavras, que explique as ideias do díptico visual.
O júri será composto por curadores, arquitetos, artistas e apreciadores das Artes oportunamente anunciados, que analisarão e selecionarão os trabalhos mais inovadores neste concurso internacional. O júri selecionará num primeiro momento 20 trabalhos, e os autores desses trabalhos serão convidados a enviar os originais para que sejam expostos em diversos espaços públicos, interiores e exteriores. Os visitantes das exposições serão convidados a votar na obra que considerarem mais interessante através de uma plataforma online criada para esse efeito. Dessa votação resultará a ordenação das obras de 1 a 20 pontos. Não haverá lugar a apelo do vencedor nomeado pelo júri. Os membros das instituições promotoras ou parceiras do concurso não poderão submeter trabalhos.
Este concurso tem uma importante componente de rede e Internet que são entendidos como instrumentos capazes de criar sinergias e estabelecer pontes comunicativas e permitir uma maior abrangência da mensagem, bem como criar sinergias com as diversas exposições relacionadas com as temáticas abordadas tendo como base os conteúdos produzidos.
CAPÍTULO V - PRÉMIOS
Os trabalhos selecionados estarão em exposição durante o período da edição de 2020 a 2021 do projeto Visual Spaces of Change (VSC). Os 20 trabalhos selecionados constarão do catálogo a ser publicado pela scopio Editions. Todos os autores dos trabalhos selecionados receberão um certificado. Da votação será apurado um vencedor e, eventualmente, uma ou duas Menções Honrosas, a quem será atribuído um documento certificando a seleção do júri. Estes trabalhos serão destacados nos sites dos projetos VSC e scopio Network, bem como nas plataformas do Sigarra da U. Porto. O vencedor do concurso receberá 3 (três) exemplares do catálogo da scopio; serão dados 2 (dois) exemplares aos autores das Menções Honrosas. A organização do concurso procurará ativamente prémios juntos dos patrocinadores desta iniciativa que possam ser atribuídos ao vencedor e aos autores distinguidos com Menções Honrosas.
CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS
Só serão considerados os trabalhos que obedeçam ao presente Regulamento. Todos as outras candidaturas serão desclassificadas. Apenas os projetos de desenho e fotografia que cumpram critérios mínimos de qualidade e respeitem o tema proposto serão admitidos a concurso. A Organização do Concurso não se responsabiliza por eventuais cópias digitais das fotografias submetidas. Qualquer situação omissa será resolvida através de deliberação do júri do Concurso. A Organização do Concurso reserva-se o direito de publicar os trabalhos apresentados a concurso, de acordo com a lei portuguesa 2/99 de 13 de janeiro. A Organização do Concurso ficará com os copyrights dos projetos apresentados. Os originais não serão devolvidos aos autores, exceto sob pedido expresso dos mesmos e mediante o pagamento dos portes de correio.
CAPÍTULO VII - COMISSÃO ORGANIZADORA E TÉCNICA
Comissão Organizadora:
Grupo de investigação AAI (FAUP) integrado no centro de I&D da FAUP (CEAU) e Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CETAPS/FLUP).
Parcerias: Projetos Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), UTOPIA 500, VSC, AAI2 Lab e a AEFAUP, com o apoio institucional da Reitoria da U. Porto, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.
Contactos: AAI / CEAU / FAUP - Universidade do Porto Via Panorâmica s/n 4150-564 Porto
dpic.vsc@arq.up.pt
CAPÍTULO VIII – VISUAL SPACES OF CHANGE
Visual Spaces of Change (VSC) é a primeira etapa de um projeto de Arquitetura, Arte, Imagem e Inovação (AAI2) com uma componente significativa da Fotografia Contemporânea, combinada com pesquisa complementar em Sintaxe Espacial e Tecnologias da Informação. Com base em pesquisas anteriores do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI/CEAU), este projeto irá investigar as condições para a criação de uma rede de espaços públicos e coletivos capazes de catalisar dinâmicas emergentes de mudança na Área Metropolitana do Porto (AMP). O território em estudo é utilizado simultaneamente como laboratório para experimentação empírica e palco de representação visual dos agentes e processos de mudança urbana que se pretendem analisar. Este projeto produzirá sínteses visuais dessas dinâmicas para dar visibilidade a aspectos específicos da sua natureza interconectada e singularidade histórica que são difíceis de perceber sem o uso propositivo da imagem e da fotografia. Este projeto abre novos caminhos de investigação ao propor uma combinação original de métodos de investigação visual e análise espacial a partir da identificação de um conjunto de espaços e percursos estratégicos na cidade, conectados por pontos de conexão identificados na rede urbana. Estes pontos são calculados através de métricas sintáticas que permitem otimizar a interação entre espaços públicos e coletivos. Projetos de Fotografia Contemporânea (CPP) serão desenvolvidos e implementados em locais específicos, concebidos como "narrativas visuais" que interferem intencionalmente com o território metropolitano num exercício de representação auto-reflexiva de seu próprio processo de mudança urbana.
Esta rede de espaços públicos e coletivos constituirá um "Museu Aberto" na AMP, permitindo a realização de ações curatoriais experimentais, estimulando instituições artísticas e culturais a ampliar seu alcance a uma maior audiência pública. Ao articular recursos materiais e imateriais que, juntos, dão mais visibilidade às dinâmicas de mudança urbana em curso, este projeto visa alterar as percepções do público sobre a transformação do espaço público e transformar coletivamente os imaginários da cidade à escala metropolitana. A estratégia para promover essa articulação baseia-se na identificação de propriedades físicas de integração, conectividade e sinergia entre espaços públicos e coletivos, potenciadas pelo desenvolvimento de ferramentas on-line de interação virtual processada em múltiplas escalas. Para este efeito, uma plataforma digital será desenvolvida para inserir dados visuais num sistema georreferenciado com várias camadas temporais em 4D (espaço e tempo), permitindo a acessibilidade, difusão, monitoramento e compartilhamento de informações visuais. Esta plataforma permitirá também as condições para um diálogo ativo entre investigadores, instituições e o público, contribuindo para a identificação de oportunidades de co-evolução entre cidadãos, instituições e o ambiente urbano.