SCOPIO MAGAZINE ARCHITECTURE, ART AND IMAGE - CHAMADA ABERTA: UTOPIA

 
 
 

SCOPIO MAGAZINE ARCHITECTURE, ART AND IMAGE

CHAMADA ABERTA: UTOPIA

Scopio Magazine - Architecture, Art and Image Vol. 1 | PRAZO DE ENTREGA DO RESUMO: 1 SETEMBRO 2023 | Utopia

Diretor: Pedro Leão Neto
Editora executiva: Maria Neto

Editores: David Leite, Fátima Vieira, Isa Clara Neves, José Carneiro, Maria Neto, Mário Mesquita, Miguel Leal e Pedro Leão Neto

Prazo de entrega do resumo: 9 de Outubro de 2023
Os autores seleccionados serão notificados dos resultados das revisões até Novenro de 2023
Data de publicação: até Dezembro de 2023

Vídeo Clip e Notícia U.Porto Press: Revista scopio Magazine ARQUITETURA, ARTE E IMAGEM | ‘UTOPIA’: submissão de propostas até 9 de Outubro

PT/ENG

A Revista scopio Arquitetura, Arte e Imagem convida à apresentação de propostas para o primeiro volume do seu ciclo temático "Utopia". Fá-lo inspirada pela ideia de que a transformação da nossa sociedade só será possível se tivermos visões ambiciosas para o futuro e propusermos caminhos operacionais, idealizados de forma criativa e colaborativa. Como defendeu Ernst Bloch há já oito décadas, em O Princípio Esperança, as utopias oferecem visões de um futuro melhor, devendo, por isso, ser vistas como parte de nossa realidade e não pensadas fora dela. As utopias são, nesse sentido, imagens ilusórias que nos direcionam para possibilidades reais e nos ajudam a construir um caminho de transformação social.

Convidamos à submissão de trabalhos que: (1) revelem o potencial da Imagem como meio capaz de cruzar e deslocar fronteiras entre diversas áreas temáticas, nomeadamente as da Arquitetura e da Arte;  (2) sejam inspirados por noções amplas de criatividade, inovação e cibernética como formas de impulsionar processos de co-evolução social e institucional; (3) explorem o potencial do mundo da Utopia e da Imagem para questionar e abordar, de forma inventiva, problemas transversais que afetem a Arquitetura, a Arte e a Imagem. Estando embora receptivos ao acolhimento de trabalhos individuais, incentivamos à criação de equipas multidisciplinares.

"Arquitetura, Arte e Imagem: Utopia", a publicar numa edição especial da Revista Scopio, Volume 0, marcará o início de um novo ciclo de publicação. Pretendemos acolher trabalhos teóricos e práticos que nos levem a repensar o papel da Utopia nas sociedades democráticas complexas em que vivemos e, em particular, no universo da AAI. Queremos explorar a ideia de Utopia como uma ferramenta mental para o projeto arquitetónico, rompendo com formas padronizadas de pensamento e criando possibilidades para idealizações inovadoras e poéticas do espaço. Apoiaremos visões prospectivas capazes de materializar o impossível, isto é, utopias realistas.

Estamos interessados em acolher questionamentos imaginativos de temas como a apropriação de espaços, a cibernética, os média digitais, percepções urbanas, a diversidade sociocultural e reflexões sobre a imagem. Propomo-nos abordar problemas transversais no âmbito de debates interdisciplinares sobre (1) a forma como a Arquitetura e o Espaço Público definem as nossas cidades, as cidades definem Territórios, e como estes temas podem ser explorados e comunicados através do mundo da Imagem; (2) a forma como a tecnologia e os média digitais participam de todo esse processo e como todos estes aspetos se encontram interligados; (3) a forma como a ideia de Utopia pode iluminar ambientes construídos verdadeiramente inovadores, sustentáveis e inclusivos, e aumentar a participação das comunidades ao longo do desenvolvimento do processo.

Sabemos que a roda não precisa de ser inventada. Teremos por isso em consideração os ideais modernistas do início do século XX (na esfera da arquitetura e do planeamento urbano) informados por visões utópicas que determinaram transformações espaciais e sociais com forte impacto no século passado e que têm ainda forte influência nos nossos dias: visões e propostas utópicas como a Ville Radieuse, de Le Corbusier, ou a Cidade-Jardim, de Ebenezer Howard. Na verdade, ainda que, em muitos casos, os mundos idealizados pelos modernistas não se tenham tornado realidade, ou tenham resultado na construção de espaços e arquiteturas ligeiramente distópicos, contribuíram para muitas conquistas positivas. Após a Segunda Guerra Mundial, em particular, o movimento moderno investiu em planeamento urbano e arquiteturas que abordaram com sucesso problemas relacionados com a falta de condições das habitações e a necessidade de construção de espaços públicos de boa qualidade. em muitas cidades europeias e norte-americanas.

Por outro lado, estamos interessados em ampliar e repensar o processo de pensamento utópico dentro do conceito complexo das democracias atuais, tal como Daniel Innerarity as descreve em Uma Teoria da Democracia Complexa.   Acreditamos que precisamos de promover formas de pensamento utópico congruentes com a organização complexa das nossas sociedades – e das suas instituições –, capazes de influenciar ativamente as mudanças que conduzirão a um desenvolvimento sustentável e regenerativo e à construção de uma sociedade mais equitativa.


ESPAÇOS VISUAIS DE MUDANÇA: UTOPIA | CHAMADA ABERTA 
Editores: José Carneiros e Pedro Leão Neto  
Projetos de fotografia contemporânea que perspetivem a construção de futuros utópicos e distópicos.

A chamada aberta para esta secção pretende captar artigos teóricos e/ou ensaios visuais que investiguem e explorem de forma crítica diversas estratégias de comunicação visual baseadas no desenvolvimento de projetos de fotografia contemporânea, incidindo sobre a forma como a arquitetura e as diferentes dinâmicas de mudança urbana permitem antever futuros possíveis, utópicos ou distópicos.  

Acreditamos que a fotografia contemporânea potencia a exploração de visões futuras sobre a arquitetura, a cidade e o território, viabilizando, ainda, a identificação de caminhos transformadores dos espaços representados. Estamos, assim, interessados em estudos e projetos onde a imagem está presente de forma significativa — com particular enfoque na fotografia — como instrumento de investigação e comunicação capaz de atravessar fronteiras e deslocar limites entre diferentes áreas disciplinares. Trabalhos capazes de tratar problemas transversais que afetem diversos territórios, contribuindo para uma transformação espacial e de integração social e, logo, mais positiva. Pretende-se rececionar projetos que aprofundem dinâmicas teórico-práticas mais e menos especulativas que tenham como principal foco a identificação de problemas inscritos na complexidade da vida contemporânea e o que daí advém.   

Alguns tópicos de interesse são, entre outros:   

  • Discussão de interações, interferências, interseções e interpretações entre o mundo virtual da fotografia, as narrativas visuais manipuladas, utópicas ou distópicas, e a arquitetura contemporânea; 

  • Análise crítica sobre como as imagens construídas e manipuladas permitem sugerir uma nova leitura utópica e distópica do espaço, potenciando a criação de cenários idealizados de espaços públicos e arquitetónicos existentes, cruzando e transgredindo certos limites, como, por exemplo, a forma de atuar sobre a realidade mais e menos virtual, fabricando novas relações entre indivíduo e coletividade; 

  • Espaços visuais de mudança a partir de imagens que ampliem e potencializem significativamente a prática da fotografia na criação de novos cenários imaginários da arquitetura e dos espaços públicos atuais; 

  • Projetos de fotografia contemporânea de leituras visuais utópicas ou distópicas que incentivem a expansão da prática e a teoria da arquitetura para além das limitações de sua materialidade física e construtiva; 

  • Análises históricas e críticas em torno de alguns dos ideais surgidos ao longo do século XX, e da importância de um legado visual que comunique com essas visões utópicas como, por exemplo, os paradigmas modernistas da Ville Radieuse, de Le Corbusier, ou da Cidade Jardim, de Ebenezer Howard ou nos anos 1960, os projeto visuais do coletivo Archigram e Peter Cook comunicando cidades móveis 'pulsantes' do futuro. 



IMAGEM, ESPAÇO E CINEMÁTICA | CHAMADA ABERTA
Editor: Miguel Leal
 

Artists standing among models of buildings for General Motors’ Futurama, New York World’s Fair 1939-1940 Incorporated records (NYPL Digital records)

Artists standing among models of buildings for General Motors’ Futurama, New York World’s Fair 1939-1940 Incorporated records (NYPL Digital records)

A chamada para esta secção abre-se ao campo das relações entre imagem, tempo e espaço. Todos os dispositivos de mediação contêm uma intensa força produtiva , numa complexa mistura entre real e imaginário. Até certo ponto não há, por exemplo, paisagem sem mediação, sem essa intensidade produtora dos media. Interessa-nos pois o modo como o campo da imagem e da imagem em movimento moldam a paisagem e a nossa percepção — real, política, ou simbólica — do tempo e do espaço. Por arrastamento interessa-nos também pensar a ideia da deriva e do caminhar como formas de descoberta e questionamento do espaço, da paisagem ou da cidade.

Com base num entendimento topológico dos media, esta secção tentará cruzar o campo da mediação com a arte, o cinema, as artes performativas e outras artes baseadas no tempo, assim como com a paisagem, o espaço urbano ou a arquitectura, não só a partir do ponto de vista da experiência contemporânea como numa perspectiva mais histórica, arqueológica ou visionária. 

Para este número gostaríamos de ver em especial, mas não apenas, estes tópicos abordados a partir da construção de imaginários utópicos (ou distópicos), como seja através do uso de diferentes dispositivos de mediação para manipular, combinar ou subverter as noções de tempo e espaço.   

Alguns tópicos de interesse são, entre outros:   

  • Utopia e distopia na arte e no cinema 

  • A mediação e a construção da paisagem 

  • O espaço, a paisagem ou a cidade no cinema e outros media baseados no tempo.  

  • Mapas, cartografia e outras representações simbólicas do espaço 

  • Arte e paisagem 

  • O caminhar e a deriva como práticas estéticas 

  • Artes performativas 

  • Dispositivos de mediação, de vigilância ou panópticos 

  • A mediação e a logística da guerra 

  • Mundos ficcionais 

  • Paisagens falsas, cenários e camuflagem 

  • Arqueologias dos Media  




ARQUEOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS

Editora: Isa Clara Alves 
Inovação consciente e participação inclusiva no ambiente construído

A chamada para esta secção centra-se em descobertas relacionadas com a construção da cultura digital na arquitetura, nomeadamente análises dos melhores materiais que levaram o design digital a um nível de maturidade emergente. A chegada iminente da Inteligência Artificial  na disciplina da arquitetura e a discussão atual sobre automação, traz uma sensação de déjà vu. De facto, a automação e IA não são assuntos novos em Arquitetura e Urbanismo. A especulação sobre a aplicação da computação na arquitetura começou cedo, nos anos 60 e 70, com investigadores como Nicholas Negroponte, Gordon Pask ou Yona Friedman.  

Neste enquadramento, estamos interessados em pesquisas e/ou projetos que abordem o modo como os contextos tecnológicos, digitais ou pré-digitais, nos oferecem ferramentas relacionadas com o design sistêmico e com os processos participativos no ambiente construído, para pensar o território das conexões entre arte, imagem e arquitetura. Apelamos à apresentação de trabalhos que relacionem o passado de utopia com projetos atuais, em que se testemunhe a utilização de modelos computacionais que permitam aos designers instruir-se sobre as necessidades sentidas pelos cidadãos, utilizando a tecnologia para alcançar resultados mais holísticos, fomentando o feedback e a cocriação - projetos que, abordando as noções de utopia e futuro visionário, podem ser implementados como colaborativos para a transformação de nossa sociedade. 

Alguns tópicos de interesse para contribuições são, entre outros:  

  • Big Data no Projeto Arquitetónico  

  • IA para design e ambiente construído  

  • Arte, Arquitetura e Cultura Digital  

  • Design colaborativo e participativo  

  • Projeto digital para edifícios sustentáveis 

  •  História e Futuro da Cultura Digital   

  • Ambientes interativos e responsivos  

  • História das Ferramentas Digitais no Design 



PAISAGENS DE CUIDADO
Editora: Maria Neto
 

Refugee camp in Dadaab, Kenya | Fotografia - Jorge Marum

Esta seção publicará projectos e teorias que desafiam a nossa compreensão de como a arquitectura, a arte e a imagem podem ser exploradas para enriquecer a nossa compreensão, já abrangente das ricas e multifacetadas dimensões socioeconómicas, políticas, históricas e técnicas, do mundo que emerge como resultado de relações de cuidado e protecção. O desafio é pensar como podemos responder a questões actuais e urgentes –movimentos forçados, desastres e efeitos adversos das alterações climáticas, violação de direitos humanos, desigualdades políticas, sociais, económicas e de saúde, influências disruptivas da globalização, guerras, etc. – e o seu impacto nos seres humanos, na sociedade e no território. Nesse contexto, estamos interessados em projectos que abordem as noções de utopia e de futuros visionários rumo à transformação espacial, social e política.  

Alguns tópicos de interesse são, entre outros: 

- Movimentos globais: migração e deslocamento forçado  

- Conflito, risco de desastres e pós-conflito/pós-desastre 

- Abrigo e território  

- Campo de refugiados  

- Cidades desiguais  

- Planeamento urbano, adaptação climática e justiça espacial 




INVISIBILIDADES | CHAMADA ABERTA 
Editora: Mário Mesquita

Social invisibilities in public space | Photography - Mário Mesquita

O call para esta secção visa proporcionar investigações que dotem de espessura e contexto a reflexão sobre o que, apesar de "não ser visto", é decisivo nos processos de consolidação da vida urbana. Queremos falar da "cidade invisível" e da "cidade visível", como utopias, para fomentar a reflexão, o questionamento, o debate e a compreensão dos processos de transformação contemporânea do "ser urbano". Esta secção constituir.se-à num fórum visual e escrito para a produção de pensamento crítico sobre invisibilidades e utopias.      

As invisibilidades sempre foram um rosto da utopia. No contexto da ligação entre os diferentes caminhos da nossa sociedade, esta é uma problemática social de ideias e processos, ligando as artes, as humanidades e a ciência.  Utopia não deve ser uma "utopia". Utopia deve ser capaz de existir como um objetivo. Temos de ser capazes de desenvolver estes sonhos, falar deles e, acima de tudo, discutir. Criar um espaço público comum, criar e promover comunidades.    

Tentar tornar visível o invisível: neste senso comum, na história da humanidade, um motor na grande transformação - sem utopia, esta utopia invisível, a criação e o progresso não existiriam.     

Alguns tópicos de interesse são, entre outros: 

- Invisibilidade social e urbana como utopias   

- A utopia da 3ª missão da Universidade   

- A cidade invisível e as suas utopias   

- As utopias do “comum” e das comunidades   

- Invisibilidades como utopias da humanidade   

- As utopias como processos de tornar visível o invisível 


A Equipa Editorial terá a responsabilidade de enviar as submissões para revisão: artigos teóricos serão sujeitos a um processo cego de revisão por parese e os ensaios visuais serão revistos pelos Editores e / ou um revisor. Os autores serão informados dos resultados da revisão em Outubro de 2023. Artigos teóricos e ensaios visuais terão que ser editados seguindo comentários dos revisores até ao dia 1 de Dezembro de 2023 de forma a poderem ser publicados na Revista scopio - Arquitectura, Arte e Imagem Vol. 1 | Utopia, o primeiro número deste ciclo.

Instruções de submissão

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Para submeter a sua proposta, os autores têm de se registar na plataforma scopio Magazine AAI OJS e submeter através dela o seu artigo teórico (entre 3.000 a 6.000 palavras) ou o seu ensaio visual (entre 6 a 8 páginas, mais texto entre 500 a 1.000 palavras) até ao dia 1 de Setembro de 2023.

Guia de ajuda para a Submissão

Para qualquer consulta:

Por favor contacte os nossos Editores em scopiomagazine@arq.up.pt

SOBRE scopio Magazine Architecture, Art and Image 

scopio Architecture, Art and Image é uma publicação de acesso aberto, anual e orientada para a investigação que visa oferecer textos críticos, exploratórios e informativos em torno do universo da Arquitetura, Arte e Imagem (AAI). A publicação tem como objetivo proporcionar um espaço de debate e (re)pensamento da teoria e prática em volta das temáticas de AAI, existindo uma abordagem com um forte caráter multidisciplinaridade e / ou interdisciplinar.

A publicação integra uma Equipa Editorial e Científica multidisciplinar que inclui investigadores nacionais e internacionais. A publicação, que deu continuidade à sua identidade gráfica original, possui agora a chancela dupla U. Porto Press e scopio Editions, estando disponível em edições impressas e digitais.

O projecto editorial e de investigação tem a coordenação conjunta de FLUP/CETAPS, FBAUP/i2ADS e FAUP/CEAU, sendo este último o líder do projecto

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 and is supported by national funds from the Portuguese Foundation for Science and Technology (FCT), I.P., through research grant for the CEAU Strategic Project at FAUP, award no. UIDB/00145/2020, financed by the Foundation for Science and Technology (FCT).

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