JOANA LOBINHO: THE PLAYGROUND

 

JOANA LOBINHO: THE PLAYGROUND

scopio aboveground: city

A cidade é uma extensão de espaços, edifícios, conexões, serviços e pessoas. De entre os equipamentos colectivos que definem uma cidade enconcontram-se os parques, zonas onde o impulso económico e expansivo da cidade é suspenso e se permite a vegetação, o lazer, a apropriação lúdica do espaço público e a pausa, a predisposição para as relações humanas.
The Playground constitui-se como um conjunto de quatro imagens de um campo de jogos num cenário nocturno, isolado e deserto, onde se assiste também a um momento de suspensão de toda a actividade que caracteriza este espaço. De certa forma torna-se numa metáfora para assinalar a falta e a ausência, relembrar a objectificação e desertificação que podem ser sintomáticos de uma cidade e onde as pessoas serão os potenciais agentes activadores.

The Playground reflecte uma visão possível de encarar a cidade por oposição à actividade frenética que lhe é associada. Cidade como espaço que só faz sentido se for pensado com e para as pessoas.

Technical notes
The Playground
2011
fotografia digital
dimensões ajustáveis


Contact
joana.lobinho@gmail.com

 

ANITA CRUZ-EBERHARD: FROM THE SERIES CONES

 

ANITA CRUZ-EBERHARD: FROM THE SERIES CONES

scopio aboveground: city

Photography is the ideal medium to communicate the details of daily public spaces and to archive everyday objects. “The archive as art” has a long history in photography and has inspired and captivated many, including myself, to catalog the world in an objective way.
This project is an aesthetic arrangement of a banal, everyday object, the traffic cone.
I’m exploring how the camera can frame, and thus order within the given space, reality to evoke comparison on a formal level, with an aesthetic dimension.
Ideally, the images are arranged in a gird, which helps direct, immediate comparison among the motifs. It serves to invite the viewer to compare the forms and designs of the cones as well as formal aspects of the spaces.
The cones are photographed as found; none is touched, moved or relocated. 
This series is an ongoing project, continuing worldwide, since traffic cones are used universally.

This project is an aesthetic arrangement of a banal, everyday object, the traffic cone, as found in constructed urban, public spaces.

Technical notes: 
Year: 2005 - ongoing
Material: C-41, archival inkjet print
Size: 10 x 10 in. and 13 x 13 in. (ca. 25.5 x 25.5 cm and 33 x 33 cm)

Contact
ancheb@yahoo.com

 

ADAM COULTER: PINHOLE GEOMETRY

 

ADAM COULTER: PINHOLE GEOMETRY

scopio aboveground: city

After developing several pinhole images of decaying urban buildings with both flat and curved back cameras, I began to realize an exciting, new geometry that became evident when the negative and positive prints were pressed together. 
Cycling around portland, oregon with a backpack full of home made cameras, collecting urban images to develop in my basement. 


Technical notes / Colophon

The pinhole cameras were all homemade using primarily recycled cardboard or aluminum, black spray paint and gaffers tape.


Contact
adamcoulter@hotmail.com

 

JOÃO PAULO CALVET: PRESENÇA

 

JOÃO PAULO CALVET: PRESENÇA

scopio aboveground: city

O conjunto das imagens apresentadas agem como conjunto pelo facto de achar que a arquitectura urbana pode, e deve, ser tratada pela fotografia ao mesmo tempo como um "instantâneo" e como fotografia de "paisagem" -­‐ afinal de contas ela é a paisagem urbana.
Foram captadas de dia e á noite porque ela está lá sempre. Presente. Daí ter optado pelo aspecto granulado dado ás imagens, como se dum instantâneo fotojornalístico se tratasse. E também porque a arquitectura, quer se queira quer não (e disto os fotógrafos bem o sabem) é também ela uma personagem, um motivo.
Este aspecto gráfico serve também á coerência do conjunto e elemento unificador das imagens do mesmo. O mesmo se passa com a opção do preto e branco, tonificante do aspecto gráfico da própria arquitectura e agente volumétrico da mesma. Decidi apenas incluir a figura humana numa delas porque afinal de contas o projecto debruçar-­‐se-­‐ia sobre a Arquitecura. Esta figura humana aparece aqui apenas como um apontamento de "cumplicidade", se assim o quisermos chamar, com a arquitectura.

Technical notes

Fotografia Digital,
Canon 400d

 

JOÃO PEREIRO DE SOUSA: IN BETWEEN

 

JOÃO PEREIRO DE SOUSA: IN BETWEEN

scopio aboveground: city


VCI is a life-long romance between the city of Oporto and its fellow citizens. It began its construction in 1963 and half a century later, in 2007 it was finally finished in its whole extension of 21km. In Portuguese VCI stands for Via da Cintura Interna or Inner Ring Road and it also means faster access to the whole city or a great way to connect the city with the national Motorways. But in reality VCI stands for city struggle, urban voids, and headaches to the everyday traveller. 
All in all, VCI is a life-long problem that the city of Oporto faces since it was first planned. The urban knife-cut that it generates is extremely visible along its extension and even after 48 years of existence, the city has not been capable of absorbing it and healing the wounds it inflicted.
This series of ten photographs intend to reveal the amount of cities within a city that clearly exist along VCI. The photographs are arranged in couples, looking from a viewpoint through the road and towards the city behind it. Every photograph represents the city of Oporto and they clearly reveal two opposite realities: the inner side of the road (odd numbers) and its outer side (even numbers). But despite our common sense, these two realities can merge together into a new reality. Because they all live with the same neighbouring road and within the same limbo. 
It is urgent to act and to resolve the problems that lie along this road. In the future the city will need to put an end to this long distance romance and to rejoin its better half in order to live happily ever after.

Every photograph represents the city of Oporto and they clearly reveal two opposite realities: the inner side of VCI (odd numbers) and its outer side (even numbers).


Technical notes
João Pereira de Sousa
10 Untitled photographs from series "in between", 2011
60 x 60 cm
Digital Print, Fine Art Hahnemühle paper

Contact
hello@joaopereiradesousa.com

 

RICARDO JORGE MENDES COSTA RUÍZ: TORRE DE GLASGOW

 

RICARDO JORGE MENDES COSTA RUÍZ: TORRE DE GLASGOW

scopio aboveground: city

Este trabalho nasceu da vontade de retratar um aspecto da realidade urbana da cidade de Glasgow, condenada ao esquecimento.

Começarei por assinalar a importância da Tipologia na fotografia como ferramenta social e histórica. A tipologia é um método valioso para quem procura uma abordagem séria, consistente e objectiva, sendo aplicável a virtualmente todo o objecto de estudo, desde que seja passível de sistematização. 

Este projecto, apesar da sua orientação estética que lhe confere uma forte carga de subjectividade, pretende no fundo ter um papel de registo histórico e documental, ajudando na preservação da memória de uma realidade urbana em extinção. Estes edifícios aqui retratados estão já a dar lugar a um tecido urbano renovado e mais sustentável.
Foi esta vertente documental que me levou a procurar uma linguagem tipológica, de coerência na forma e composição das imagens, limitando a imaginação do observador, sugerindo antes que se concentre na forma e contexto espacial dos edifícios.
A linguagem formal desta série de imagens é uma reverbação daquela presente na obra dos Bechers, Frank Breuer e Henry Wessel – a posição da objectiva é absolutamente premeditada e metódica, favorecendo a estrutura em detrimento do estilo. Trata-se portanto de um projecto “hibrido”, onde se mistura tipologia fotográfica com manipulação digital da imagem. Toda a paisagem urbana tem uma história para contar. Histórias que nascem das aspirações, das estratégias e das necessidades de um povo. Ora, muitas vezes, quando as histórias nascem de uma necessidade, necessidade essa premente, a obra final pode não ser algo de que um povo se orgulhe. Quando assim acontece, condena-se a história ao esquecimento.A paisagem urbana de Glasgow, Escócia, abunda em histórias que o seu povo prefere esquecer, histórias de um povo em crise.Após a Segunda Guerra Mundial, Glasgow, era uma cidade destroçada com dezenas de milhares de pessoas sem casa e uma economia paralisada. É neste contexto que nasce a história das torres camarárias (schemes) de Glasgow. Um legado urbano de quatro décadas de crise ecómica, crime e marginalização.

Hoje Glasgow é uma cidade renovada e as suas torres condenadas ao abandono e à demolição.


Tehnical notes
Máquina: Sinar grande formatoLente: 90 mm
Filme: 5x4” ILFORD HP5 PLUS 400
Captura:
Foto 1 – f/11;1/250
Foto 2 – f/11;1/250
Foto 3 – f/11;1/125
Foto 4 – f/11;1/125
Foto 5 – f/11;1/125

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ricardojorgeruiz@gmail.com

 

ORLI PEREL NIR: FAIR SVETLANA

 

ORLI PEREL NIR: FAIR SVETLANA

scopio aboveground: territory


Fair Svetlana is a series of portraits (77x150 cm) that were pictured in an old metal factor that seems to belong to a far and strange place in which time stood still. The series touches the human aspect – manhood, dreams, disappointments, normality vs. abnormality and what lies between them, while trying to take off all the masks and protections from the figure in this short meeting with my camera.
Fair Svetlana was pictured using a 4x5 format, and was done with a unique technique that enabled multiple focus planes in each image, by that I was able to blend the figure with its surroundings, obscuring the dominance of the solitude masculine figure in the scene. Governing the furnaces and the metal wires and nails doesn’t add these man power, the opposite is true, it leaves them with dubious honor fragile despite the rough facial expressions.
The subjects were picked carefully and were staged like puppets on a theater stage; all were pictured directly, individually and with no glamour, becoming a part of the view, merging into it.
The way the subjects were posed, the space in which they were staged, the monochromatic colors and clothing, all create an artificial atmosphere, making the figures a bit non-human as if they belong to another world – both new and old.
The series travels between contrast edges – darkness and light, private and public, voyeurism and documentary.
The name - Fair Svetlana, ties up together threads between two realities, the first being imaginary and desolate and the second being concrete.
Hidden political, cultural, sentimental and social connections are reflected in every portrait.
Fair Svetlana was exhibited internationally since 2010 and was awarded the first prize on the 7th Warsaw festival of Art photography in Poland 2011.

Contact
orlipn1@gmail.com

 

ALNIS STAKLE: NOT EVEN SOMETHING

 

ALNIS STAKLE: NOT EVEN SOMETHING

scopio aboveground: territory

A project explore interstices which located between meaningful urban areas of the city and themselves remain in the field of the insignificant and inessential.
Historically cities are divided into areas, and the identity of each area is characterised by some peculiar features. For instance, industrial areas, housing areas, central areas, banking areas, etc. Each of these has its own identity, and people choose to visit or avoid them with a specific purpose. These urban areas are joined by interstices which do not perform any significant functions in the urban environment, but just exist and thus, with their very senselessness, fill the emptiness between meaningful urban areas.
Even though these interstices cover small territories, they are always intended for traversing rather than staying. No one wishes to linger there, because they are an intermediate between home and work, between one living space and another, between you and me, etc. These spaces are located between the meaningful and the meaningful, and themselves remain in the field of the insignificant and inessential. These are the places where we feel no desire to be in just like that, because with their aura of insignificance they not only make us feel as outsiders, but even “push” us away. 
Come nights, and these interstices transform into seemingly dangerous areas in the city – poorly lighted, with bad roads – places where one is not likely to encounter a police patrol but rather be accosted by a pack of stray dogs or stumble across a gang of youths from the nearest housing area. Oftentimes, police reports feature these places as criminal sites.
My intention was to explore these interstices. It was important for me that the photographs be taken on winter nights, because it is ostensibly the most unpleasant and dangerous time for being there. On occasions there was so little light at the moment of photographing that I had to literally feel my way around. Yet the photographs produce an effect of being taken at daytime. Before I started photographing, I had imagined the pictures would bear at least the slightest traces of the menacing and inhospitable essence of interstice. Yet I discovered that in the photographs the interstice cityscapes acquire the qualities characteristic for the romanticist tradition in landscape painting. 

Technical notes
The Images captured with medium format analog camera, scanned and printed as archival pigment ink prints on rag paper 40 x 40”.


Contact
alnisstakle@yahoo.com

 

BOAZ AHARONOVITCH: GERMANY 1945-2008

 

BOAZ AHARONOVITCH: GERMANY 1945-2008

scopio aboveground: territory (winner)

A US Air force navigator during World War 2 photographs a bomb falling from his plane onto a populated area. I took single snapshot, this “decisive moment”, and stretched it into an imaginary continuum. Germany of the 1940s is conflated with images of contemporary Germany taken in 2007. The bomb falls, smoke covers the city. Historical documentation is transformed into fiction. Yet perhaps this fictional dimension was there from the very beginning, for the original photograph was already rooted in a form of historical fiction, in a false narrative of otherness that juxtaposed “here” and “there”, “now” and “then”, “us” and “them”. In this work, these dichotomies begin to dissolve. “Then” and “now” are fused. The image of the bomb hitting a populated area becomes an image of all bombs – past, present and future. The image of distraction is an image of all distraction. And facing this distraction is a desperate attempt to overcome the camera’s inability to simultaneously hold “then” and “now”, its failure to capture the recurrent pattern, the historical dimension, and the “human condition”.
Germany of the 1940s is conflated with images of contemporary Germany taken in 2007. “Then” and “now” are fused.

Technical notes
Year of Production: 2008

Dimensions: Variable
Technical description: The work assembles archival material from the bombing of the American air forces on German civilians at the end of World War II, with current digital footage that I took when flying over Germany in 2007.

Contact
boazaha@gmail.com

 

JOÃO MARGALHA: TERRAIN VAGUE

 
 

JOÃO MARGALHA: TERRAIN VAGUE

scopio aboveground: territory (h. mention)


Terrain Vague consiste num conjunto de fotografias de fotografias tomadas em sítios devolutos de onde, previamente, foram retirados os objectos que se encontram pousados sobre elas. 

As fotografias “originais” apresentam-se na escala 1:1 e foram tiradas na vertical, como se o Google Earth tivesse subitamente aumentado a sua resolução, ao ponto de poder coincidir com o próprio território. 
Desta forma, o trabalho procura reflectir sobre a capacidade de percepção do visível e elevar os níveis de atenção para com o espaço real, olhando para os seus interstícios como valiosas zonas de resistência a uma prática urbanística hegemónica e arrogante.

01 - 40º 38’ 29,90’’N; 8º 38’ 34,59’’W
02 - 40º 38’ 22,77’’N; 8º 38’ 48,56’’W
03 - 40º 38’ 21,08’’N; 8º 38’ 46,00’’W
04 - 40º 38’ 57,55’’N; 8º 38’ 48,10’’W
05 - 40º 38’ 33,55’’N; 8º 38’ 34,36’’W
06 - 40º 38’ 58,28’’N; 8º 38’ 47,32’’W
07 - 40º 38’ 20,82’’N; 8º 38’ 46,25’’W
08 - 40º 38’ 30,04’’N; 8º 38’ 33,34’’W
08 - 40º 38’ 55,83’’N; 8º 38’ 24,39’’W
10 - 40º 38’ 21,80’’N; 8º 38’ 46,29’’W

Technical notes

Impressão jacto de tinta sobre papel Epson Premium Luster 260 coladas em PVC 5mm
Dimensões: 60 x 76,5 cm
Ano: 2012
Edição: 3+PA


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jm@joaomargalha.com

 

TITO MOURAZ: OPEN SPACE OFFICE

 

TITO MOURAZ: OPEN SPACE OFFICE

scopio aboveground: territory

The series presented here was shot in Portugal over a 2-year period and represents a transformed landscape that portrays the existence of Man as a constructive, reconstructive and contemplative being. The landscape appears completely and irreversibly transformed and it was this transformation that caught my eye and fueled my interest in conducting this project, basing it on this very landscape.
Thus, the work presented aims to portray a reality that suffers an ongoing daily process of rapid transformation. Therefore, the pictures show a temporary reality inserted in a natural landscape undergoing progressive transmutation. They are unique and imposing spaces with a undeniable visual impact which bestow on the images a strong formal and plastic content. I would like to emphasize that these were the aspects I concentrated on and attempted to visually portray the best that this intervention could present to the eye, both in relation to the formal configuration and in relation to the chromatic and lighting harmony that characterize these spaces that create a unique environment. In this way, we can behold a dialogue between Nature and Man’s action, between harmony in a texturized cutting and what develops in it, what involves and transforms it, as is particularly visible in the first images of this series, that portray the idea of an organic whole.
I find it difficult to transmit on film the personal experience and all that one feels and observes at these immense and torn sites, where silence is felt in an unnatural and intimidating way. It is a well know fact that an image cannot replace reality. That is why I chose to include parts of a hidden horizon or an incomplete landscape, in this way suggesting a different perspective, since the proximity to these sites which grow in the opposite direction to what is normal, are usually unobserved by the spectator almost giving them the chance to rebuild them.

Contact
titomouraz@gmail.com

 

HABITAT: XAVIER DELORY

 

HABITAT, 2006-08 | XAVIER DELORY

scopio aboveground: territory


Our countryside (in Belgium as well as in a many other western countries) is mono-polized by one specific type of houses called ‘clé sur porte’ (turnkey) (def: Urban prefab cluster of similar formsimplanted in the landscape without any effort of integration). 
The cycle ‘Habitat’ throws a look at this type of ‘architecture’. The concept of protection and stereotyped block is pushed to its extremes (similar to our withdrawal into on ourselves and our formated lifes)


Technical notes
Rolleiflex T - Model K8 T2. 
Lambda print mounted on aluminium thickness 1 mm (size +- 100*100cm)

Contact
info@xavierdelory.be

 

ATTILIO FIUMARELLA: SPOT ARCHITECTURE

 
 
 

ATTILIO FIUMARELLA: SPOT ARCHITECTURE

scopio aboveground: territory

O arquitecto italiano Cino Zucchi quando fala da cidade contemporânea e do território que vamos construindo fala de uma "cittá vista" e de uma "cittá vissuta".
Por uma parte temos um território que é fruto de mapas, redes, diagramas funcionais; da outra parte temos uma cidade como obra de arte ou como um conjunto (continuo ou menos) de cenografias urbanas.
O território em continua transformação é hoje o fruto do que foi deixado por quem nos antecedeu. Isso acontece também em uma memoria muito bem recente. A beira do post-industrial, são varias as cidades já marcadas pelas cicatrizes que a época da forte industrialização deixou.
È fácil, ao sair da cidade cruzar-se com autênticos monólitos abandonados. Signos do tempo passado mas que de qualquer forma ainda conseguem atrair a nossa atenção.
Objectos fora de escala espalhados por um território que as vezes só torna-se reconhecível pela presença destes marcadores.
O objecto dessa pesquisa então são os landmarks do post-industrial. 
Peças de arqueologia industrial, objectos que já perderam a própria função original, mas que podem tornar a viver sob outra luz.
As imagens apresentadas são um conjunto de quatro obras retratadas em toda a própria beleza estética. Vem apresentadas com uma profundidade de campo reduzida. 
Um efeito de desfoque do entorno procura ressaltar estes marcadores como objectos que habitam o território em uma nova escala. A escala destas peças já não é a mesma de 50 anos atrás. Hoje o mesmo território é percorrido de forma muito mais rápida, assim tudo torna-se relativamente mais pequeno, mesmo as torres e as grandes chaminés.

Contact
attiliofiumarella.pht@gmail.com

 

Tecido Urbano: Sérgio Rolando

 

TECIDO URBANO

DE SÉRGIO ROLANDO

scopio aboveground: territory

As cidade são conhecidas pela sua face, pela quantidade de ícones culturais que lhe dão expressão ao rosto. 
Existe uma outra cidade, comum a todas as outras, embora menos visível e em mutação constante. Territórios que se vão organizando em camadas sucessivas sem que a história lhes faça justiça.
Pretende aumentar o grau de compreensão em redor das motivações históricas, sociais, económicas e culturais que levaram á edificação e ocupação do espaço urbano na cidade de Matosinhos desde meados do séc. XX até à actualidade .
É uma tentativa de compreender esse espaço, as suas metamorfoses. É também um convite a olhar para além do visível, para a banalidade dos lugares comuns.
Estas fotografias representam um legado paisagístico assim como acentuam a noção de território como elemento vivo em constante mutação, sujeito à acção humana, suas migrações e necessidades.


Technical notes
Projecto realizado quer em digital quer em película médio formato (6 x 7), com película diapositivo, durante o ano de 2010 no concelho de Matosinhos. As imagens finais apresentam um tamanho de 85cm x 100cm.

Contact
http://www.sergiorolando.com/

 

DARA MCGRATH: EDGELANDS

 
 

SCOPIO ABOVEGROUND: TERRITORY (H.MENTION)

The deserted spaces of the eastern and central European national borderlands are spaces in flux.
Now devoid of border controls, they are in the process of being decommissioned and abandoned. No longer strategic points on a map, but neither fully blank spaces, they are spaces-in-between, and are difficult arenas to absorb and comprehend.

This shifting of political positions in Europe, after centuries of conflict, to one of willingness to engage in dialogue and mutual interest and enlightenment coincided with the internal migratory shifts of people out of social and economic necessity. 
In 2007, this process was further realised, when the countries of central and eastern Europe became fully members of the E.U. * 
These borderlands, now reveal themselves as lonely half-way places, impotent of
their one time political and social significance. 

The main focus of the photographs is on impermanence, transience, and ideas of change, shifts and “repositioning”. Landscape and architecture that appear to be solid and permanent are experienced as somewhat unstable and disorientated 

My images strive to look for the connection between the physical borders and society’s borders: borders that are in many ways ingrained within our built environment of separation. 
Edgelands explores the transitory nature of the central and eastern borderlands of Europe that are now devoid of border controls.
*(Schenegen Treaty-1993)

Technical notes

C-41 Type Lambda Digital Print, 40x50cm

Contact

daramcgrath@hotmail.com

 

GIAMPAOLO SQUARCINA: IN LIMINE

 

SCOPIO ABOVEGROUNG: CITY

This photographic project explores in 40 shots, mostly taken in italian city contexts, the concept of "aperture" , "way in" , "passage" , " door", "threshold" in terms that are no way reassuring for the spectator. Behind the passage, beyond the barrier that separates two or more spaces there is never - in fact - a quiet place, a lack of danger but unknown people, a possible threat waiting for us. Dark and unhealthy atmospheres, dark doors and windows, locked to hide what is held are behind or they are opened too, but towards darkness. The threshold becomes thus a metaphor of urban existence: the city as center of insecurity, of fear of the unknown that never. Although this, the eye of the photographer cannot avoid the search of a hole in this wall, an element of any peace or calm. The final result is a document on the loneliness that each contemporary man experiments in urban contexts, where the concrete too appears to be alone.

10 shots from a larger project exploring the idea of threshold in urban contexts as a metaphor of loneliness and danger.


Technical notes/Colophon
Photos are taken with a NIKON D40 or a NIKON D200


Contact
g.squarcina@libero.it

 

TATEWAKY NIO: ESCULTURA DO INCONSCIENTE

 

SCOPIO ABOVEGROUND: TERRITORY


O projeto Escultura do Inconsciente retrata paisagens arquitetônicas em transformação da cidade de São Paulo (Brasil).
Hoje, apesar de a economia mundial estar sem claras perspectivas, o Brasil desfruta de um desenvolvimento econômico em ascensão. A cidade de São Paulo, como outros polos metropolitanos do país, está aquecida pelo boom imobiliário e alterando a paisagem urbana de forma contínua e acelerada.
Enquanto novas construções surgem como luzes do desenvolvimento, os edifícios abandonados e as casas em demolição, ao contrário, tornam-se sombras. Luzes e sombras estão intimamente ligadas às técnicas de expressão fotográfica, e dentro desse contexto, Escultura do Inconsciente é um projeto que aborda a questão do registro da luz e da sombra do desenvolvimento urbano.
O projeto busca pela beleza estética, que atrai o olhar e abala a emoção dos espectadores, descentralizando o foco estético para as sombras do desenvolvimento, que muitas vezes são descartadas pelo olhar ou pela expressão “Que feio!”.
Todas as imagens foram fotografadas nas ruas de São Paulo. Através de registrar e apresentar as paisagens de que podem ser observadas por qualquer cidadão local, indiferentemente de classe social, o projeto pretende criar um diálogo bilateral entre o autor (eu) e o outro, ou entre o outro e o outro, sobre o ambiente em que vivem.
O projeto iniciado em 2006 hoje comtem 46 imagens. É um projeto contínuo, sem prazo para um ponto final. 


Technical notes

As imagens foram feitas por filmes negativos de 4x5 polegadas e digitalizadas. As obras finais tem 80 x 98,5cm impressas por jato de tinta no papel de algodão.


Contact

tatewakinio@gmail.com

 

MANUEL LUÍS COCHOFEL: YOU WON'T HEAR WALTZES IN THIS VIENNA

 

SCOPIO ABOVEGROUND: TERRITORY

Este trabalho reúne um conjunto de cerca de 70 imagens, obtidas durante uma viagem no Verão passado ao Leste dos EUA, numa viagem de carro de cerca de 8000 Km. O percurso, que se iniciou em Nova Iorque, seguiu em direcção a Detroit, atravessou todo o território de Norte a Sul em direcção a Nova Orleães, passou pela Flórida e fechou o círculo rumando a Norte, de novo em direcção a Nova Iorque. Mas essas grandes cidades foram apenas pontos de passagem. O principal objectivo era conhecer e documentar, os locais ou pequenas cidades cuja toponímia era a mesma de cidades da Europa que, descobrimos nós muito por culpa de Wim Wenders, abundam nos EUA. No fundo, locais onde se pode adivinhar que a sua origem esteve, quase sempre, ligada à emigração. Maiores ou menores grupos de pessoas oriundas de um qualquer país Europeu e que, como forma de levaram consigo um pouco das suas origens, acabam por fundar cidades que depois baptizam de igual forma que as cidades que deixaram para trás, do outro lado do Atlântico. 
Queríamos ver até que ponto se pareciam com o original. Até que ponto as revemos nas imagens que guardamos ou imaginamos, seja porque são sobejamente conhecidas de todos pela multiplicidade de imagens que o seu nome automaticamente evoca, seja porque as visitámos já. Queríamos saber até que ponto se distanciam das suas homónimas Europeias. Até que ponto nos confundem, no confronto entre o que julgamos conhecer e o que encontramos. Queríamos ver quanta desorientação imagética pode um nome suscitar na nossa mente. E queríamos também no fundo e muito simplesmente conhecer essas outras versões, de cidades tão fortemente evocativas de imagens como sejam Viena, Veneza, Roma, Paris, e tantas outras que encontrámos...
O trabalho foi realizado apenas com esse pequeno canivete Suiço da tecnologia que dá pelo nome de iPhone, e que foi ao mesmo tempo a nossa máquina fotográfica, a nossa bússola e o nosso GPS, a nossa ligação à internet bem como o nosso... telemóvel.


Contact
mcochofel@gmail.com

 

JOSÉ JÚPITER: BILLY

 
 

SCOPIO ABOVEGROUND: TERRITORY


In Cell Block, Egospheres, Self-containers, Peter Sloterdijk describes an idea of “connected isolations” on contemporary cities, where the notion of “public” no longer exists. The accumulation of personal and immediate consumption goods, daily personal routines, intimate desires, coexist in an inoculated space: the egosphere, the apartment. This basic one-cell unit becomes the atomic element of a larger, modular building constructing a contemporary built society. Its occupant falls easily into the illusion of self-sustainability, only interrupted by the noise – visual and audible – or failures in the life-support system, thus breaking the illusion of being immunised against problems, influences and external agents.
While photographing for one of my first series, always on Sundays, I noticed that most of the living city areas were packed with parked cars, in front of silent housing blocks, closed to the outside but not necessarily uninhabited. The architectural elements that allow communication with the exterior – windows mostly – become mere ornaments or “noise” channels.
During one of those walks, I was interrupted by a phone call from a friend. Halfway through the conversation, I asked him: “where is everyone, what are they doing?” He promptly replied: “They're probably too busy assembling IKEA furniture.”

Technical notes
This work was technically shot to mimic contemporary architectural photography style in order to make it more “believable” or “plausible”, despite its implicit digital manipulation. All ten images are meant to be displayed closely, side by side, aligned by its base, forming a skyline that could go on forever but retaining individuality when watched at a close distance.
All images are untitled but numbered: Untitled #08 (Billy), for example.
Inkjet prints on fineart paper, 70.00cm x 46.70cm.


Contact

jose.cduarte@gmail.com