2º Ciclo de debates AAI - Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação

 
 
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DEBATES

AAi2 Lab

2º Ciclo de debates AAI - Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação

1º Conferência / mesa redonda -  Visual Spaces of Change: A fotografia como instrumento de reflexão sobre a transformação do espaço público.

12 de Dezembro | 9:30 - 18:00 | MIL

PROGRAMA

9:15 Receção e café
9:30 Apresentação do projeto “Visual Spaces of Change"
10:30 Coffee break
11:00 Mesa redonda 1: "Imagem e transformação do espaço público: o uso da fotografia e abordagens multidisciplinares artísticas como instrumentos de investigação, mapeamento e questionamento do espaço público e sua arquitectura"
12:30 Almoço convívio
14:30 Mesa redonda 2: “Métodos de investigação visual e abordagens multidisciplinares para a construção de pontes entre Arquitetura, Arte e Imagem"
15:45 Debate aberto aos laboratórios MIL e alunos de suas unidades orgânicas: “Espaços visuais de mudança: desafios de investigação e oportunidades para a inovação"
18:00 Encerramento e lanche



Visual Spaces of Change: a fotografia como instrumento de reflexão sobre a transformação do espaço público

Com o apoio institucional da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), os Laboratórios de Inovação em Media da Universidade do Porto MIL-UP, e a scopio Editions, será realizado o  2º Ciclo de debates AAI – Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação, sob o tema “Visual Spaces of Change: a fotografia como instrumento de reflexão sobre a transformação do espaço público” é organizado pelo Centro de Comunicação e Representação Espacial (CCRE / CEAU / FAUP) e o Laboratório de Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação (AAi2 Lab), no âmbito do projecto VSC em parceria com os MIL-UP.Este ciclo de debates está inserido no projeto de investigação “Visual Spaces of Change”, AAC n.º 02/SAICT/2017 (refª POCI-01-0145 - FEDER - 030605), cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, I. P.).

A série de conferências AAI pretende constituir um espaço de Debate e Reflexão sobre Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação. O objectivo específico desta segunda série é o de criar um espaço de exploração, debate e reflexão de ideias em volta de novos caminhos de investigação sobre o espaço público, com um enfoque em dinâmicas emergentes de transformação urbana. Isto implica, entre outras coisas, o desenvolvimento de uma abordagem multidisciplinar capaz de combinar diversos métodos de representação visual - com especial incidência na fotografia documental e artística em suportes analógicos e digitais - com outros instrumentos de investigação qualitativa e quantitativa aplicados à análise de redes urbanas.

A estrutura deste evento, que terá a duração de um dia inclui diversas apresentações em volta de duas mesas redondas de discussão sobre as temáticas de interesse do projecto VSC. Será material de apresentação ou base de discussão qualquer estudo e / ou projectos dos investigadores que estes considerem de interesse para o projecto VSC. Os moderadores das mesas redondas deverão, seguindo a linha das temáticas do evento - Visual Spaces of Change (VSC): the use of Image and Photography for reflecting on public space transformation - trabalhar diversas questões inerentes ao projecto VSC, muitas delas oriundas das apresentações que serão efectuadas na mesa redonda, assumindo um papel significativo para o envolvimento dos participantes no grupo de discussão.  

As temáticas do VSC que deverão orientar as apresentações / intervenções dos participantes em cada uma das mesas redondas serão as seguintes:

Métodos de investigação visual e abordagens multidisciplinares para a construção de pontes entre Arquitetura, Arte e Imagem

  • Estratégias de investigação a adoptar no uso de imagens (Desenho, Fotografia, ilustrações, etc.) para comunicar uma determinada visão crítica e / ou prospectiva sobre espaços públicos e arquitectura;

  • Estratégias de investigação e monitorização para avaliação dos espaços e dos seus usos / apropriação por parte de diversos públicos;

  • Instrumentos de investigação que combinam instrumentos de análise quantitativos e qualitativos (metodologias de análise de sintaxe espacial, entrevistas, fotografia e desenho) sobre espaços públicos e arquitectura integrando nos seus processos de análise o uso da imagem;

  • Estratégia de utilização mista de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e espaços físicos da cidade como arenas de debate, análise, comunicação e monitorização de conteúdos diversos sobre espaços públicos e arquitectura e sua interação com público - suportes em rede / móveis e software (plataformas, apps, etc.);

Imagem e transformação do espaço público: o uso da fotografia e abordagens multidisciplinares artísticas como instrumentos de investigação, mapeamento e questionamento do espaço público e sua arquitectura

  • Estratégias a adoptar no uso de fotografia contemporânea - documental e artística  - para mapear, questionar e investigar espaços públicos e arquitecturas

  • Estratégias de investigação e monitorização qualitativas (inquéritos, entrevistas, etc.) para avaliação do impacto na percepção pública de projectos de comunicação visual (fotografia contemporânea) sobre espaços públicos e arquitectura;

  • Estratégias e componentes de expressão artística utilizadas para explorar, pesquisar e questionar os espaços públicos e arquitectura – dança, arte pública, performance e outras.

  • Estratégias a adoptar no uso de fotografia contemporânea para o estudo da transformação de certos espaços urbanos e arquitecturas, suas dinâmicas contemporâneas e / ou emergentes de transformação e apropriação por parte de diversos públicos;

COMISSÃO CIENTÍFICA

Ana Francisca de Azevedo é licenciada em Geografia, desenvolveu o seu mestrado no âmbito da Educação Ambiental e o doutoramento no âmbito da Geografia Cultural. É Professora Auxiliar no Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, e investigadora integrada do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade e membro da Rede Internacional de Pesquisa - Imagens, Geografias e Educação.

Iñaki Bergera é Arquitecto PhD pelo ETSAN, Mestrado pela Universidade de Harvard em 2002 e Professor Associado da Escola de Engenharia e Arquitetura da Universidade de Zaragoza, tendo ensinado anteriormente no ETSAN (1997-2007) e na Universidad Europea em Madrid (2007-09). Iñaki foi professor visitante e crítico convidado no London AA, Harvard GSD, TEC em Monterrey e as Escolas de Arquitetura da Universidade do Arizona, Bologna-Cesena, FAUP e Antuérpia.

João Carlos Castro Ferreira é Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 1992, Mestre em Construção de Edifícios pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – 2002/2004 e Doutor em Arquitectura - Dinâmicas e Formas Urbanas, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. É atualmente docente e coordenador das áreas científicas de Construção da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa.

José Barbedo é licenciado em Arquitetura pela FAUP, Mestre em Planeamento pela FEUP e Doutor em Engenharia Civil pela UFRJ. É atualmente investigador integrado no Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo. O seu trabalho de investigação dedica-se ao estudo de dinâmicas sociais, económicas e políticas que contribuem para a transformação do território, com enfoque nos processos de reprodução de conflitos socio-ambientais.

Luís Gonzaga Magalhães é bacharel e mestre em Informática pela Universidade do Minho e Doutor em Informática pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Atualmente é Professor Auxiliar com Agregação na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, e pesquisador sénior no Centro ALGORITMI. Desenvolve investigação em Visão Computacional, Realidade Aumentada, Computação Gráfica, participando em projetos relacionados a Modelagem Expeditiva, Ambientes 3D Imersivos, Patrimônio Virtual e Sistemas de Realidade Mista. 

Marco Iuliano é Arquitecto especializado em Teoria e História da Arquitectura. Ensinou em Italia, França, Reino Unido. Recebeu diversas bolsas e fellowship grants da British Library, no Centro de Architectura Andrea Palladio e do Governo Italiano. Em 2005 foi-lhe atribuído uma bolsa de pós-doutoramento do Conselho Nacional de Investigadores Italiano. Entre 2005 e 2008 foi Investigador Principal do Arquivo Digital financiado pela Companhia de San Paolo para o Archivio Fotografico Parisio, um dos maiores arquivos de imagens arquitectónicas italiano.

Pedro Bandeira é Arquitecto (FAUP 1996), sendo atualmente Presidente da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e membro investigador do Lab2PT. Em 2004 integrou a exposição Metaflux na representação portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza e em 2005 representou Portugal na Bienal de Arquitectura deSão Paulo. Em 2007 concluiu a tese de doutoramento sob o título Arquitectura como Imagem, Obra como Representação: Subjectividade das Imagens Arquitectónicas.

Pedro Leão Neto é Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (1992), Mestrado em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano (U. Porto, 1997) e PhD em Planning and Landscape (Universidade de Manchester, 2002). É regente das disciplinas de Comunicação, Fotografia e Multimédia do 2º ciclo (C.F.M.) e CAAD do 1º ciclo da FAUP, e coordenador do grupo de investigação CCRE, integrado no centro de I&D da FAUP, coordenador do AAI 2 Lab, Director da Associação Cultural Cityscopio (ACC) e Editor Coordenador das publicações da scopio Editions.

https://sigarra.up.pt/faup/pt/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=49862

 

Una Provincia

 
 

UNA PROVINCIA

This work is a journey into my daily landscape, to smaller places - areas where changes take place slowly and where ties to the past are evident. 

The series is the result of an exploration of the northern area of Lazio, where I was born and where I live. This territory, located on the borders of Rome, has undergone, like many other Italian provinces, many changes over the years, mainly due to the transition from the agricultural model to the industrial one.

The series aims to investigate the characteristic aspects of the places and its transformations creating images in balance between the real landscape and its representation.


ABOUT THE AUTHOR

Michele Vittori (Roma, Italy, 1980)  is a photographer specialized in landscape documentary photography,  he began studying photography in 2008 attending “Graffiti” school and “Officine Fotografiche” in Rome. 

Since 2015 he has been a contributor for the “Limine” collective, with his photographic series entitled “La montagna di Roma” . The project developed under the supervision of Massimo Siragusa, has been presented at “Officine Fotografiche” and is published in limited edition. 

Since 2017  he has contributed to “Lo stato delle Cose”, a project to document the earthquake of 2016 in the center of Italy.

He is currently continuing his photographic research between Rome and the central Italian Apennines.


Connect:

https://www.instagram.com/mhlvittori/

https://www.michelevittori.com/



 

Espaços em ruína / abandonados na AMP

 
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Espaços em Ruína / Abandonados na AMP

 

ESPAÇO EM RUÍNA / ABANDONADOS NA AMP

Cada projecto de fotografia contemporâneo que explora esta temática deve adoptar diversas referências e estratégias artísticas que tomam estes espaços em ruínas e abandonados como objecto de trabalho documental e artístico e que se afastam das leituras tradicionais.

O desafio é o de marcar a diferença explorando a singular relação que a arquitectura destes espaços consegue estabelecer com o contexto onde se localiza e da poética do conjunto e da ruína em si mesma, bem como na construção de uma narrativa capaz de comunicar um sentido de sequência de espaços e direcção de movimento, no sentido que Le Corbusier designou como promenade architecturale.

O interessa é o de ser capaz de trazer nova(s) perspetiva(s) sobre estes espaços e que sos projectos de distingam por uma apropriação artística consciente da imagem fotográfica, que é usada através de uma gramática e sintaxe próprias. Esta linguagem visual da fotografia deve ser utilizada não só como forma de registo e expressão da cultura dos espaços destas arquitrecturas em ruína ou abandonadas, mas também como estratégia artística de forma a que as narrativas visuais (CPP) tragam um novo discurso sobre o significado e importância destes espaços na cidade e AMP.  

CPP devia narrar visualmente a paisagem de ausência e esquecimento visto que estas ruínas são, de certo modo, a ausência de significado. Elas contam-nos uma história paralelo, um espaço diferente e um mundo relacionado com a produtividade da cidade todos os dias. Muitas destas estruturas, agora abandonadas à sua própria materialidade, não são mais ocupadas, a não ser por algum lixo ou vegetação que tenta ganhar de volta o seu território. Esta flore ocupa alguns dos espaços e decora a paisagem, dramatizando o cenário de ruína. Nestes espaços, onde a memória do passado predomina sob a memória do presente, o cidadão urbano muitas vezes explora a estranheza destes espaços, tirando vantagem da sua desocupação e o sentido de liberdade que o abandono permite.

Os espaços vazios ocupam espaços significativos da cidade pedido a reflexão no seu papel e potencial futuro. Se as intervenções econômicas, políticas e arquitetônicas têm, em outras construções abandonadas, colonizado tais espaços, tornando-os produtivos e dando-lhes uma identidade, há também lugar para preservar lugares como espaços alternativos na cidade, áreas que têm uma memória do passado, mas simultaneamente vazio de uma identidade imponente, espaços de uma liberdade esperada. Que futuro e que papel podem estes espaços ter na cidade, como áreas únicas?

Aparentemente, não encontramos o equilíbrio entre a intervenção radical, que tende a unificar o território, tornando-o reconhecível, idêntico, e o total abandono e alienação destas estruturas em relação com os espaços da vida quotidiana. 

Resta-nos a nós redescobrir estes espaços, consumidos pelo tempo, e aproveitar a sua liberdade e magia não contamina pelo poder ou razão da cidade operativa. 

Assim, Ruins in a Post Fordist Society, irá contribuir por compreender como as cidades são dinamicamente transformadas através de táticas pessoais de apropriação do espaço urbano porque muitas destas ruínas são palco de diferentes modos de agir sob a cidade.

Tal como Ignasi de Solà-Morales defende em Terrain Vague (1995), os fotógrafos mostram uma sensibilidade especial para nos fazer compreender o que no território é “imperceptível” ou “invisível” na vida quotidiana. 

De facto, a fotografia contemporânea é uma das artes que melhor sucede em comunicar um visão única e analítica que simultaneamente compreende a realidade e a interpretea, imagens capazes de questionar o território, mostrando as formas como é transformado e vivido, os seus conflitos e arquiteturas e materiais heterogéneos.

O conceito de “narrativa” aqui torna-se extremamente importante em influenciar a forma como as pessoas compreendem e percepcionam o território and como este é vivenciado e transformado.

Assim, através de Ruins in a Post Fordist society a tensão entre que AMP é e pode ser irá ser mais visível, mostrando a importância destes espaços como agentes de mudança positiva. Este projeto fotográfico constitui o projecto Contemporary Photography Projects (CPP) integrada VSC, que será comunicado em cada VSCNP, ajudando desta forma a criar uma dinâmica de interação entre os públicos variados assim como os espaços coletivos da cidade do Porto e AMP.

 

Ruins and abandoned spaces in AMP

 
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RUINS AND ABANDONED SPACES IN AMP

 

RUINS AND ABANDONED SPACES IN AMP

EN / PT

The CPP should be visually narrating a landscape of absence and oblivion since these ruins are in a way a absence of meaning or use and “islands” in the city. They tell us a parallel story, a different space and world in relation to the productive city of everyday life. Many of these structures, now abandoned to their own materiality, are no longer occupied, unless by scarce waste and the stubborn vegetation that tries to regain its place. This flora now occupies some of the spaces and decorates the landscape, dramatizing the scene of ruin. In these spaces, where the memory of the past predominates over the present, the urban citizen often explores the strangeness of those places, taking advantage of their inoccupation and the sense of freedom that the abandonment allows. 


These empty spaces occupy significant places in the city, prompting a reflection on their role and potential futures. If the economical, political and architectural interventions have, on other abandoned constructions, colonized such spaces, making them productive and giving them an identity, there is also place for preserving such places as alternative spaces in the city, areas that have a memory of the past but simultaneously empty of an imposing identity, spaces of an expected freedom. What future and what role may these places have in the city, as really unique areas? 

Apparently, we can’t find the balance between radical intervention, which always tends to unify the territory, making it recognizable, identical, and the total abandonment and alienation of these structures in relation to the spaces of everyday life. It remains for us to rediscover these spaces, consumed by time, and enjoy its freedom and uncontaminated magic by power or reason of the operative city.

Thus, Ruins in a Post Fordist society will also contribute to understand how cities are dynamically transformed through subjective personal tactics of appropriation of the urban space because many of these ruins are the stage of different way of acting upon the city. 

As Ignasi de Solà-Morales defended in Terrain Vague (1995), photographers show a special sensitivity to make us understand what in the territories presents as "imperceptible" or "invisible" when looking Everyday life.  In fact, contemporary photography is one of the arts that better succeeds in communicating a unique analytical vision able to simultaneously understand the reality and interpret it, images capable of questioning the territory, showing the ways it is transformed and lived, its conflicts and heterogeneous materials and architectures, thus being used as significant means of communication and research. The concept of "narrative" here becomes extremely important in influencing the way people understand and perceive the territory and how it is being lived and transformed.  

Thus, through Ruins in a Post Fordist society the tension between what the AMP is and what it may become will be made more visible, evincing the importance of these spaces as agents of positive change. This photography project will constitute a Contemporary Photography Projects (CPP) integrated in VSC project, which may be communicated in each of the VSCNP, helping in this way to create a dynamics of interaction between various public and collective spaces of Porto City and AMP.

 

Piscina das Marés - Marta Ferreira

 
 

PISCINA DAS MARÉS

As Piscinas das Marés inauguradas em 1966, marcam de forma discreta a marginal de Leça da Palmeira com um composto de duas piscinas, vestiários, balneários e bar. O projecto é do arquitecto Álvaro de Siza Vieira.

Durante três meses as piscinas são utilizadas para o verdadeiro fim que foram criadas, esse tempo corresponde ao período balnear, meados de junho a meados de setembro. Nos restantes meses do ano as piscinas estão vazias e sob vigilância vinte e quatro horas por dia.

As imagens realizadas são o registo de um espaço que se encontra em transição entre o “natural” e o “artificial”, onde o betão se cruza com a rocha primitiva do local. O seu não estado “normal” de utilização permite em planos mais próximos intensificar essa junção/transição do “artificial” com o “natural”, do desenho do arquitecto, marcado pela utilização do betão, com o “desenho primitivo” das rochas. Em planos mais gerais as piscinas ficam “camufladas”.

O interesse por fotografar durante a “não utilização” do local é evidente na selecção das imagens. A colocação de algumas fotografias das piscinas em utilização marca de forma pontual a narrativa tal como o tempo em que o local é usado.

Marta Ferreira 

 

Contínuo - Sérgio Rolando

 
 

Contínuo

Quinta da Conceição

Contínuo
Quanto tempo é necessário para representar um lugar?

O silêncio, a recordação de coisas essenciais e a atração para um vazio, suspenso no tempo e no espaço.
A envolvente natural, nostálgica e poética, convoca a contemplação e dilui a fronteira do interior com o exterior, sugerindo a repetição e uma relação íntima com o detalhe.

Sérgio Rolando

 

Casa de Chá Boa Nova - Hélder Sousa

 
 

CASA DE CHÁ BOA NOVA

A Casa de Chá Boa Nova resulta de um projecto apresentado num concurso organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos. Fernando Távora foi o vencedor e entregou o projecto ao seu colaborador na altura, Álvaro Siza.

A abordagem aqui tomada passa pela atenção pormenorizada ao edifício, pelas suas características mais singulares, mas também
pela sua maior característica, a implantação. Nas tomadas de vistas adoptadas, conseguimos perceber que se torna indissociável a forma do objecto com a sua implantação. Por vezes são mais intimistas, na tentativa de representar este edifício de forma mais isolada do seu contexto, para apresentar as suas formas mais distintas. Quando a abordagem se distancia, podemos ver como a sua implantação está em pura sintonia com a paisagem natural à qual já pertence.

Helder Sousa

 

Momento. Perceção - Representação por Sofia F. Augusto

 
 

FAUP

Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

POR SOFIA F. AUGUSTO

Momento. Percepção-Representação

A Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto foi a obra arquitectónica eleita para a exploração conceptual e de teor antropológico deste trabalho, num intuito de retratar os espaços da escola na rotina diária, assim como diversas dinâmicas de apropriação.

Autores relacionados com Fotografia Contemporânea como Paul Graham, Jeff Wall, Thomas Struth ou ainda David Claerbout são referências artísticas basilares para este trabalho e que, pelo facto de não pertencerem ao campo disciplinar da Arquitectura, oferecem novas perspectivas críticas e poéticas sobre este universo. Todos eles têm em comum o facto de tomarem a Arquitectura como objecto artístico e se interessarem pela forma como as pessoas se apropriam dos espaços construídos – tanto a nível privado como público. Para além disso, revelam também um interesse significativo pelos valores culturais e económicos que caracterizam o mundo contemporâneo traduzidos nas formas, materiais e diferentes formas de apropriação da Arquitectura e dos seus espaços.

Como estratégia de trabalho, o registo fotográfico que se apresenta foi realizado tendo em mente a “ideia corbusiana de promenade architecturale”, proporcionando uma leitura contínua dos espaços, com momentos sucessivos, próximo do que poderia ser uma experiência real de percurso. Todavia, é nos momentos de apropriação, (que pressupõem acção e a presença humana), que o registo de imagens se singulariza e nos traz uma nova percepção - o tempo, o espaço e o significado transformam-se. Desta forma, idealizou-se uma estratégia artística que fizesse uso de várias câmaras fotográficas sincronizadas, que registassem o mesmo momento a partir de diferentes pontos-de-vista. É assim introduzida uma nova dimensão no trabalho, passando a ter mais um tema de exploração – o momento –, a partir de percepções diferentes do mesmo espaço e do mesmo instante, explorando assim o lado caleidoscópico da perspectiva.

Contudo, e concluindo, este trabalho pretende explorar a capacidade da fotografia como um instrumento de procura, análise e exploração do espaço, isto é, como um instrumento artístico capaz de criar uma narrativa crítica e poética, permitindo uma nova leitura do real e da forma como o espaço pode ser percepcionado, compreendido e representado.

Sofia F. Augusto

 

Álvaro Siza

 
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Álvaro Siza

Fotografia Documental e Artística: Um olhar contemporâneo sobre a arquitetura portuguesa

 

SOBRE AS OBRAS DE ÁLVARO SIZA VIEIRA

A selecção dos quatro edifícios para este primeiro caso de estudo, de entre a extensa e importante obra do Arquitecto Álvaro Siza Vieira (11), teve em conta o significado especial de cada um destes projetos.

O conjunto formado pela Casa de Chá da Boa Nova, a Piscina das Marés e a Piscina da Quinta da Conceição correspondem a obras do início da carreira do arquitecto e estão localizadas em Matosinhos, Leça da Palmeira, a cidade onde Álvaro Siza Vieira nasceu e cresceu. Estas suas primeiras obras são ainda hoje referências incontornáveis para se perceber a sua arquitectura, nomeadamente a influência do Moderno e de arquitectos como Alvar Alto e Frank Lloyd Wright, a importância do lugar e a síntese genial destes factores, que a sua obra revela. Estes edifícios constituem também importantes referências identitárias do Grande Porto, sendo todos eles exemplos de uma linguagem ímpar, carateri zada por uma notável síntese entre as formas e materiais de cada obra e os contextos naturais onde se inserem. Rocha, areia e mar, no caso da Casa de Chá da Boa Nova e das Piscinas das Marés e o universo verde de parque público, no caso da Piscina da Quinta da Conceição. Estas três obras marcaram o panorama da arquitectura nacional e internacional pela genialidade com que o arquiteto integrou o contexto identitário e regional com o moderno (12). A primeira destas três obras é a Casa de Chá da Boa Nova (1963) fotografada por Helder Sousa (13), classificada como monumento nacional em 2011. É uma arquitectura que se funda sobre os rochedos do extremo oeste da praia da Boa Nova, em Leça da Palmeira, constituindo um exemplo de integração magistral na paisagem e na sua topografia. Nesta obra é manifesta a influência de Alvar Aalto, nomeada- mente dos edifícios da Câmara de Säynätsalo e da Maison Carrée.

A segunda obra é a Piscina da Quinta da Conceição, fotografada por Sérgio Rolando (14), uma arquitectura inserida no interior de um parque público situado em Leça da Palmeira, local onde anteriormente existiram as instalações do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ordem de São Francisco (1481). Este conjunto foi alvo de importantes melhoramentos coordenados por Fernando Távora na década de 60, de onde se destacam o pavilhão de ténis e a piscina, esta última da autoria de Álvaro Siza Vieira. Inaugurada em 1965, esta arquitectura caracteriza- se, entre outros aspectos, pelo traço modernista e novamente pela integração no meio, neste caso a topografia e vegetação do parque.

A terceira obra, as Piscinas das Marés (1966), fotografada por Marta Ferreira (15), situa-se na marginal de Leça da Palmeira, perto da Casa de Chá e é, à seme- lhança da Casa de Chá da Boa Nova, uma obra que nasce sobre uma formação rochosa. Esta arquitetura acompanha a avenida sem que quase se note a sua presença, desenvolvendo-se a uma cota inferior à da estrada e possui uma estrutura topográfica que interliga de forma magistral a marginal, a forma- ção rochosa e o mar. Segundo Peter Testa (16), as piscinas funcionam “como uma suave abertura tridimensional que organiza a passagem da terra para o mar”. Por fim, a quarta obra, a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), onde Álvaro Siza Viera foi Professor Convidado durante vários anos, constitui um espaço de investigação e ensino da arquitectura de referência internacional, sendo visitado todos os anos por inúmeros alunos e professores de arquitectura a nível nacional e internacional.

Fotografada por Sofia F. Augusto (17), a FAUP é um local emblemático e um edifício que constitui uma notável aula de arquitectura viva – uma arquitectura de arquitecturas, segundo diversos autores (18). É também um exemplo significativo de desenho e clareza geométrica – que são marcas do movimento Moderno em Arquitectura e dos maiores expoentes deste movimento, como por exemplo Adolf Loos e Le Corbusier – e da preocupação de adequação ao uso, sem que isso se confunda com funcionalismo, e de racionalidade no modo como aplica os materiais.

Referências

10. Neto, Pedro L. R. F. 2015. Art and documentary photography Architecture, City and Territory. In Cityzines, 56 – 76. ISBN: 978-989-97699-9-1. Porto, Portugal: scopio Editions.

11. Álvaro Siza Vieira é o arquitecto português com mais visibilidade e prestígio internacional, dis- tinguido com prémio Pritzker em 1992, cuja obra é uma referência da arquitetura portuguesa e internacional, tendo influenciado várias gerações de arquitetos, entre eles o arquitecto português Eduardo Souto de Moura, também ele prémio Pritzker em 2011. Um arquitecto da chamada Escola do Porto, formou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1955, sendo detentor de inúmeros prémios e galardões de prestígio nacional e internacional, como, entre muitos outros, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto (1998), o Prémio Príncipe de Gales da Universidade de Harvard (1998), o Prémio Europeu de Arquitetura da Comissão das Comunidades Europeias/ Fundação Mies Van der Rohe (1988) e o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2012).

12. Peter Testa, A arquitectura de Álvaro Siza = The architecture of Álvaro Siza, Edições da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 1988, p. 186

13. Hélder Sousa, é fotógrafo desde 2008. Após terminar a licenciatura em Artes Plástica-Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, inicia-se no meio da fotografia. Em busca de novos conhecimentos, decide fazer o Mestrado em Comunicação Audiovisual, especiali- dade em Cinema e Fotografia Documental pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto. Com diversos trabalhos publicados e exposições referimos o seu projecto Unfinished Projects, que se debruça sobre o desenvolvimento urbanístico do conce- lho de Valongo, na periferia da cidade do Porto e que foi publicado no livro Topografias a Norte, pela scopio Editions em 2014.

14. Sergio Rolando trabalha como fotógrafo e é docente no Ensino Superior. Estudou fotografia no IPF, licenciou-se em Tecnologia de Comunicação Audiovisual e concluiu o mestrado em Fotografia e Cinema Documental na ESMAE – IPP. Expõe regularmente e possui diverso trabalho publicado.

15. Marta Ferreira vive e trabalha no Porto. Em 2010 terminou a licenciatura em Tecnologia da Comunicação Audiovisual na ESMAE-IPP, onde em 2012 concluiu o Mestrado em Fotografia e Cinema Documental.

16. Peter Testa, A arquitectura de Álvaro Siza = The architecture of Álvaro Siza. Edições da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 1988, p. 137

17. Sofia F. Augusto, arquitecta com Mestrado Integrado em Arquitectura pela FAUP (2011) e Mestrado em Comunicação Audiovisual, especialização em Fotografia e Cinema Documental, na área da Fotografia Documental, pela ESMAE (2016), desenvolveu o projecto fotográfico Arquitetura e Fotografia – Mapeamento Fotográfico: apropriação, perceção, momento (AF – MF), sob a coor- denação e supervisão de Pedro Leão Neto durante o seu estágio profissional na Cityscopio – Associação Cultural que se encontra associada ao grupo de investigação Centro de Comunicação e Representação Espacial (CCRE) da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP).

18. A este respeito, entre outros, ler: Jorge Figueira, A Periferia Perfeita: Pós-Modernidade na Arquitectura Portuguesa, Anos 60 – Anos 80. Dissertação de Doutoramento pela Universidade de Coimbra, Março 2009 , p. 289 e Manuel Mendes (coord.) O Edifício da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto: percursos do projecto. The Building of the Faculty of Architecture at Porto University: course of the project. FAUP Publicações, 2003

 

FARÓIS DE PORTUGAL

 
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COMING SOON

FARÓIS DE PORTUGAL

 

FARÓIS DE PORTUGAL

O projecto editorial “ARQUITECTURA, ARTE E IMAGEM (AAI): EDIÇÃO SOBRE FARÓIS PORTUGUESES“ tem como desígnio criar uma publicação / catálogo /mapa em suporte de livro na colecção Projects da scopioEDITIONS focalizada na arquitetura e história destes monumentos singulares da costa portuguesa cuja arquitectura possui um enorme poder de atração cultural e turística.

Inciámos assim uma investigação sobre os faróis portugueses capaz de constituir uma síntese dos diversos estudos que existem fundamentando em termos historiográficos, geográficos e iconográficos estas arquitecturas e programa.

Interessa-nos criar diversas publicações em livros originais, contendo em anexo um pequeno mapa cartográfico e combinando diversos tipos de imagem e texto, capaz de comunicar o contexto cultural e as características arquitectónicas originais destes edifícios, bem como dar a conhecer a história que muitas destas arquiteturas transportam consigo. Por exemplo identificar e mostrar certos elementos construtivos que foram acrescentados ao longo do tempo a estes faróis, dando a conhecer sempre que possível através de textos e imagens antigas - fotografia e desenhos de arquitetura - os precedentes, as técnicas construtivas e a identidade cultural das localidade onde foram edificados.

Este trabalho irá ajudar, por um lado, ao reconhecimento da importância dos faróis como arquitectura vernacular e acervo cultural e patrimonial significativo para Portugal, bem como para a sua história marítimo. Por outro lado, contribuir para dar uma nova visibilidade e consciência sobre estes monumentos, permitindo a sua integração e divulgação activa nas estratégias de desenvolvimento turístico e cultural em Portugal.

O objetivo é o de preservar como memória e dar a conhecer a riqueza cultural e patrimonial da arquitetura dos Faróis Portugueses quer a nível nacional como internacional e chamar a atenção dos diversos públicos para o universo dos faróis portugueses incluindo em cada uma das publicações dois mapas em anexo: um mapa do farol dessa publicação e um mapa geral de Portugal indicando a localização e o nome de todos os faróis ainda existentes, assinalando os que estão mais necessitados de reabilitação e reativação e assim contribuir para que isso aconteça sensibilizando e divulgando a diversos públicos informação significativa e apelava sobre estas arquiteturas únicas da nossa costa portuguesa.

photo ©Marta Ferreira

 

MFDA-ARP

 
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MFDA-ARP

UM OLHAR CONTEMPORÂNEO SOBRE ARQUITECTURA PORTUGUESA (MFDA-ARP)

 
 

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MAPEAMENTO DE FOTOGRAFIA DOCUMENTAL ARTÍSTICA: UM OLHAR CONTEMPORÂNEO SOBRE ARQUITECTURA PORTUGUESA (MFDA-ARP)

A linha de investigação Mapeamento de Fotografia Documental Artística: um olhar Contemporâneo sobre a Arquitectura Portuguesa (MFDA-ARP | FAUP) teve o seu início em 2015 - 2016 na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), no seu centro de I&D Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU), sob a coordenação científica do grupo de investigação CCRE.

MFDA-ARP situa-se na área de Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e tem como objectivo, entre outros, o de ajudar à Internacionalização, divulgação e visibilidade dos espaços, formas, memórias e culturas da Arquitectura Portuguesa, tendo como território de estudo preferencial Portugal, sem colocar de parte a inclusão no estudo de arquitectos e obras consideradas significativas localizadas em Países do CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) ou de antigos territórios portugueses como Macau e Goa.

Concerne a este estudo a arquitectura correspondente ao período temporal que vai do século XX ao XXI e interessa-nos edifícios e programas de Arquitectura Portuguesa que sejam considerados significativos no universo da prática e disciplina da arquitectura. Interessa-nos, desta forma, não só arquitecturas do Moderno e do Pós-Moderno ou que denotem as suas influencias, bem como a Arquitectura Contemporânea e suas novas tendências.  Pretende-se assim desenvolver de forma faseada, por um lado, uma colecção em livro constituída por uma série de publicações / catálogo focalizadas nas obras dos diversos arquitectos que são alvo de estudo no projecto MFDA-ARP. Publicações estas que deverão ser capazes de comunicar um conjunto de obras de arquitectura consideradas de referência de forma diferenciadora, afastando-se da imagética e leitura tradicional presente nas revistas de arquitectura e mesmo nos guias de arquitectura convencionais, oferecendo uma outra leitura através de narrativas visuais onde se combina de forma significativa o registo documental com o artístico e existe a vontade de criar sinergias, explorar e pesquisar estes dois registos visuais no universo da fotografia de arquitectura.

Por outro lado, pretende-se construir um Arquivo Digital Fotográfico, disponibilizando informação e um olhar Contemporâneo sobre a Arquitectura e Espaços, nesta primeira fase, com casos de estudo localizados no território do Grande Porto. Ou seja, construir uma base digital estruturada capaz de albergar e dar maior visibilidade a um significativo conjunto de conteúdos sobre a Arquitectura de referência do Grande Porto, bem como assegurar uma plataforma na Internet que possibilite o posterior afinamento e desenvolvimento dos trabalhos e estudos focalizados nestas temáticas.

 

IRI - LANÇAMENTO E APRESENTAÇÃO DO 5º NÚMERO DA PUBLICAÇÃO SCOPIO MAGAZINE

 

LANÇAMENTO E APRESENTAÇÃO DO 5º NÚMERO DA PUBLICAÇÃO SCOPIO MAGAZINE " CROSSING BORDERS, SHIFTING BOUNDARIES: CITY ”


Dia 31 de outubro às 11h30 no IMAGENS DO REAL IMAGINADO (IRI) na Biblioteca Almeida M. Garrett, Porto.
Entrada livre (sujeita à lotação da sala).

A apresentação da sessão estará a cargo de Olívia Da Silva que falará nos dois novos projectos editoriais  - CONTRAST e VIEWFINDER - em volta dos universos da Fotografia e Arquitectura envolvendo uma parceria entre ouniMAD - ESMAD e  CCRE - CEAUFAUP e scopio Editions. A moderação será assegurada por Pedro Leão Neto(Coord. Edições scopio) que que mediará uma conversa em torno do tema Fotografia, Arquitectura e Arte, contando com a presença de Paulo Catrica (Fotógrafo e autor convidado scopio Magazine) José Maças de Carvalho (Fotógrafo e autor convidado scopio Magazine).

SOBRE A PUBLICAÇÃO

A scopio Magazine, uma publicação periódica anual cuja responsabilidade editorial é do grupo de investigação CCRE pertencente ao Centro de Estudos de Arquitecura e Urbanismo (CEAU) da FAUP, é o suporte de divulgação e investigação ligado em termos gerais à Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e, em termos específicos, à Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitectura, Cidade e Território. A publicação desenvolve-se através de ciclos temáticos e tem como propósito divulgar diversos autores e trabalhos na área da Fotografia Documental e Artística que de alguma forma promovam uma reflexão sobre o contributo das imagens na compreensão da realidade e na construção de imaginários, entre o documento e a ficção, entre a reprodução e a manipulação, entre o analógico e o digital.  O universo da Arquitectura é, assim, entendido de uma forma abrangente como uma prática e disciplina capaz de integrar os domínios sócio - económico, político, histórico e técnico. Por outro lado, interessam-nos trabalhos onde a imagem fotográfica é principalmente utilizada como um instrumento de investigação que permite descobrir novas perspectivas sobre a arquitectura e suas vivências.   A scopio Magazine serve também para o envolvimento de sectores académicos, culturais e sociais em concepções e práticas dotadas de poder de inovação relativas à cidade, nas suas múltiplas vertentes, com especial destaque para as que utilizam a fotografia e a imagem como instrumentos críticos do território. Crossing Borders e Shifting Boundaries, Cidade é o tema principal e categoria do ciclo atual da scopio Magazine que focaliza o seu interesse em países diversos, questionando como é que a arquitetura se transforma, como reflete diferentes identidades culturais híbridas em muitos países e como tudo isso interage e afeta as nossas cidades e paisagem, considerando as categorias mencionadas: Arquitetura , Cidade e Território.

 

SCOPIO EDITIONS

O universo de interesse da scopio Editons é, em termos gerais, o da Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e, em termos específicos, o da Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitectura, Cidade e Território.  Neste contexto, a Arquitectura é entendida de uma forma abrangente como uma prática e disciplina capaz de integrar os domínios social, económico, político, histórico e técnico.  A scopio Editions tem uma linha editorial com uma estrutura dinâmica constituída por publicações periódicas e não periódicas com o objectivo de difundir diversos trabalhos e autores que utilizam ou investigam o universo da Arquitectura, Arte e Imagem de uma forma critica, exploratória e inovadora, com especial incidência na Fotografia Documental e Artística, relacionada com Arquitectura, Cidade e Território.

CONTRAST

Através da colaboração alargada a diversos editores, autores e docentes ligados ao universo de ensino e pesquisa da Fotografia no ensino superior, a nova publicação CONSTRAST tem a capacidade de publicar um conjunto alargado de textos críticos escritos por Educadores e Investigadores focados em projetos fotográficos de estudantes considerado de especial interesse. Acreditamos que esta publicação vem preencher uma importante lacuna no universo do ensino da Fotografia no superior em Portugal que é a inexistência de uma publicação que reúna um conjunto diversificado de textos de análise crítica e reflexão sobre projectos fotográficos realizados em contexto de ensino e investigação e representativos das principais instituições portuguesas ligadas ao ensino da Fotografia. 

 

SOBRE OS AUTORES


Olívia Marques da Silva

Nascida em 1962, Olívia Marques da Silva, vive e trabalha no Porto. Licenciada em Filosofia pela Universidade do Porto e doutorada em Fotografia pela Escola de Arte & Design de Derby, Reino Unido (Ph.d.,Mphil/Ph.d./MA).

Olívia da Silva associa a atividade académica à expressão artística enquanto fotógrafa, participando em diversas exposições individuais e coletivas. "A natureza documental do meu trabalho obriga a um extenso trabalho com as pessoas e os lugares que são o tema da minha fotografia. Parte desta abordagem é sobre a relação do sujeito e o fotógrafo e não existem atalhos para o tipo de negociação e diálogo que deve ter lugar ao longo do projeto". (in ScopioNetwork)
A ligação ao Politécnico do Porto começou em 1992. Foi diretora do Departamento de Artes da Imagem da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE). É atualmente presidente da Comissão Instaladora da Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD) do P.PORTO. Entre uma coisa e a outra foi presidente do Conselho Técnico-Científico da ESMAE. Colabora com os seguintes centros de investigação: CCRE, FAUP e eCPR/South Wales University.

Paulo Catrica

Paulo Catrica nasceu em Lisboa, Portugal. Estudou Fotografia na Escola do Ar.Co em Lisboa (1985) e História na Universidade Lusíada, também em Lisboa (1992). Catrica completou o Mestrado em Imagem e Comunicação do Goldsmith's College em Londres (1997) e o doutoramento na Escola de Arte e Mídia da Universidade de Westminster. Ganhou bolsas de pesquisa do Centro Português de Fotografia (1999), da Fundação Calouste Gulbenkian, Londres (2001) e Fundação da Ciência e Tecnologia (2006/2010 e 2014/2017). Desde 1997 que o seu trabalho é exibido internacionalmente. Locais recentes incluem a Galeria de Presença (Porto, 2016), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (Guimarães, 2015), o Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa, 2015), o C.A.A.A. (Guimarães, 2014), o Centro de Arte Moderna, a Fundação Gulbenkian (Lisboa, 2013), a FruitMarket Gallery (Edimburgo, 2012), The Bluecoat (Liverpool, 2012), Milton Keynes Art Gallery (2011), EDP Museum (Lisboa, 2011), Galeria de Arte Contemporânea Carlos Carvalho (Lisboa, 2011), Circuit Gallery (Toronto, 2010), The Mews Project (Londres, 2011), Fundacio Foto Colectania (Barcelona, 2010) e Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2010). Juntamente com Luísa Costa Dias organizou o projeto Uma Cidade de Futebol, exibido na Cordoaria Nacional, em Lisboa (2004). Com Pedro Bandeira, participou na exposição Missão Fotográfica Paisagem Transgénica, mostrada no Centro Cultural Vila Flôr, em Guimarães (2012), como parte ao Capital Europeia da Cultura de 2012. Tem como principais publicações, monografias, Memorador (2015), Mode d'emploi (2014), TNSC (2011), Liceus (2005), Você está aqui (2003) e Periferias (1998). O seu trabalho está em numerosas coleções públicas e privadas em Portugal, Espanha, Finlândia, França, Reino Unido, Alemanha, Índia, Brasil e Canadá. O documentário de televisão Entre Imagens da RTP2 (episódio 7, 2014), um projeto coordenado por Sergio Mah e dirigido por Pedro Macedo, é dedicado ao seu trabalho.

 

Pedro Leão Neto

Pedro Leão Neto é licenciado em arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto – (FAUP, 1992) onde actualmente é o responsável pelas disciplinas de Comunicação, Fotografia e Multimédia do 2º ciclo (CFM) e CAAD 1º ciclo. É coordenador do grupo de investigação CCRE integrado no centro de I&D da FAUP e possui um Mestrado em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano (U. Porto, 1997) e um PhD em Planning and Landscape (Universidade de Manchester, 2002). É director da Associação cultura Cityscopio, e coordenador do projecto editorial scopio Editions que é responsável, entre outras publicações, pela revista sobre fotografia e arquitectura SCOPIO International Photography Magazine e Sophia Journal, uma publicação académica anual com revisão por pares focalizada em publicar artigos críticos e exploratórios sobre o universo da imagem e arquitectura.

 

José Maças de Carvalho

José Maçãs de Carvalho (Anadia, 1960) é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas - Estudos Portugueses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1984). 
Concluiu Pós-Graduação em Gestão de Artes, no Instituto de Estudos Europeus de Macau (1998). No período em que viveu em Macau (de 1994 a 1998) foi Assistente Convidado no Instituto Politécnico de Macau e Coordenador Pedagógico da Televisão Educativa. 
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1994), Fundação Oriente (1999-2003), Instituto Camões (2001) e Centro Português de Fotografia (2003). 
Em 2002 comissariou o projeto "Topografias da Vinha e do Vinho", missão fotográfica sobre a Região da Bairrada, (Cordoaria Nacional, Lisboa e Kunstlerhaus Bethanien , Berlim). 
Em 2003 comissaria e projeta as exposições temporárias e permanente do Museu do Vinho da Bairrada, Anadia. 
Em 2005 comissaria "My Own Private Pictures", na Plataforma Revólver, no âmbito da LisboaPhoto. Nomeado para o prémio BESPhoto 2005 (Janeiro a Março de 2006, CCB, Lisboa).no

 

TICYURB - THIRD INTERNATIONAL CONFERENCE OF YOUNG URBAN RESEARCHERS

 

TICYURB - THIRD INTERNATIONAL CONFERENCE OF YOUNG URBAN RESEARCHERS

SCOPIO ROUNDTABLE AND PHOTOGRAPHY EXHIBITION

London, 26 May 2015 

SCOPIO Photography Exhibition opening at the University of Liverpool in London

London, 33 Finsbury Square, EC2A 1AG, 4 p.m.

SCOPIO Roundtable at the Royal Institute of British Architects

London, 66 Portland Place, W1B 1AD, 6.30 p.m.

Through architectural photography, 'Crossing Borders, Shifting Boundaries' explores how migratory movements have influenced fabric, identity and people within the urban environment.

In search of new talents, the fourth SCOPIO international photography contest focused on crossing borders and shifting boundaries, emphasising photography as a questioning medium for architecture. The panel conferred awards to the projects 'Shangri-La' (Alnis Stakle, winner), 'Reconstruction' (Tahir Ün, mention) and 'Borderland' (Jiehao Su, mention).

For further information click here:

 

SCOPIO DEBATES - COM JORGE FIGUEIRA E JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

 

SCOPIO DEBATES - COM JORGE FIGUEIRA E JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

COM JORGE FIGUEIRA E JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

No passado dia 12 de Junho, pelas 18h00, no espaço "Circo de Ideias", deu-se lugar a um debate com Jorge Figueira e José Maçãs de Carvalho, que teve como moderador Pedro Leão Neto.

Tratou-se de mais um scopio Debate que deu continuidade aos ciclos de conferências, abertas a toda a comunidade académica e ao público em geral, desenvolvidas pela grupo de investigação CCRE (Centro de Comunicação e Representação Espacial) através da sua linha de investigação Espaços de Cidade e Cultura e do seu projecto editorial scopio.



Fotógrafos, Arquitectos e Artistas continuam a viajar à volta do mundo e a (re)descobrir lugares e paisagens, apesar de se dizer que não há lugares por descobrir.


Na verdade, a viagem pode também ser ficcional e permitir a construção de lugares que nasceram da imaginação de artistas e escritores como, por exemplo, os franceses Moebius, Phillipe Druillet e o iugoslavo Enki Bilal, na banda desenhada e Italo Calvino na literatura que reinventa Cidades impossiveis com base na construção dos diálogos entre o imperador Kublai Khan e Marco Polo no livro As Cidades Invisíveis.

A viagem é também um destino pessoal e um estado interior e, por vezes um projecto ou registo fotográfico pode ser uma oportunidade para redescobrir novos significados e realidades que antes estavam esquecidas ou invisíveis. A oportunidade para que surja um olhar atento perante o mundo e os outros da viagem, um olhar fruto de uma experiência pessoal e subjectiva, mas capaz de mostrar os lugares do mundo de forma não estereotipada.

Existem inúmeros projectos fotográficos de autores que tiveram como base ou fonte de inspiração a viagem, sendo ainda hoje uma referencia para diversos artistas. Interessa-nos assim revisitar de forma critica e atenta trabalhos e autores como, por exemplo, American Surfaces de Stephen Shore, The Americans de Robert Frank, e muitos outros similares.



Este Debate contou ainda com o lançamento do 4º número da scopio magazine, da Linha Editorial scopio e do livro Partir por todos os dias, de José Maçãs de Carvalho.

 

SCOPIO DEBATES - TRIENAL DE ARQUITECTURA DE LISBOA

 

SCOPIO DEBATES - TRIENAL DE ARQUITECTURA DE LISBOA

COM JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO E EDUARDO CANTO MONIZ

No passado dia 24 de Setembro, realizou-se, pelas 18h30, no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, um Debate scopio integrado no programa da Trienal de Arquitectura de Lisboa - Actividades no Palácio. A mesa foi moderada pelo Coordenador do grupo de investigação CCRE e das edições scopio - Pedro Leão Neto (FAUP) e teve dois autores convidados - Gonçalo Canto Moniz (DA/FCTUC ) e José Maçãs de Carvalho (DA/FCTUC) - ligados ao mundo editorial de Fotografia e Arquitectura e teve como título "Projecto Editorial como Processo de Discussão e Construção de Ideias em Arquitectura". A ideia foi falar da experiência do projecto editorial scopio, que faz uma aposta na fotografia documental de Arquitectura onde a componente artística é significativa e a disciplina e prática de Arquitectura é entendida de uma forma abrangente. O programa da mesa incluiu também a apresentação da 4ª edição da scopio International Photography Magazine - Crossing boarders, Shifting Boundaries: Architecture, que esteve ao cuidado do moderador.

 

SCOPIO DEBATES: DUELO/DUETO (AAI)

 

SCOPIO DEBATES: DUELO/DUETO (AAI)

No passado dia 16 de Julho de 2015, teve lugar a primeira sessão do Ciclo de conferências AAI - Arquitectura, Arte e Imagem, na Casa das Artes, no Porto.

Trata-se de um Ciclo de Conferências organizado pelos Arquitectos Camilo Rebelo e Pedro Leão Neto, em parceria com a Linha Editorial scopio e o grupo de investigação CCRE (FAUP), sendo promotores a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRNC) conjuntamente com a Associação Cultural Cityscopio e Camilo Rebelo, Arquitecto, contando com o apoio institucional da Casa das Artes e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Os convidados desta primeira sessão foram o arquitecto Eduardo Souto de Moura e o escultor Rui Chafes.

O ciclo de conferências AAI visa promover uma análise crítica global em torno da prática e disciplina da Arquitectura e da Arte em geral, procurando diversos cruzamentos entre estes dois mundos, bem como a sua ligação com o universo da Imagem.